(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Após seis horas de atraso, Maníaco do Anchieta chega para reconhecimento

O ex-bancário Pedro Meyer chegou na delegacia às 16h15. Os depoimentos estavam marcados para às 10h


postado em 19/04/2012 15:49 / atualizado em 19/04/2012 17:08

(foto: Leandro Couri/Esp.EM/D.A.Press)
(foto: Leandro Couri/Esp.EM/D.A.Press)
Após seis horas de atraso, o ex-bancário Pedro Meyer Ferreira Guimarães, de 57 anos, chegou à Delegacia de Mulheres para reconhecimento. Os trabalhos estavam marcados para as 10h, porém o estuprador não compareceu ao local no horário devido a um ofício enviado pelo advogado de defesa, que pediu ao Ministério Público garantia de vida ao preso. Logo que Pedro chegou, às 16h15, uma vítima que não estava marcada para prestar depoimento surpreendeu e chegou à delegacia. Com ela, serão três mulheres que vão fazer o reconhecimento. Uma outra possível vítima, que foi hoje à delegacia, não quis esperar e foi embora.

Entre as vítimas estão duas mulheres que foram estupradas juntas, no Bairro Nacional, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O crime aconteceu em 2001, quando elas tinham 16 e 18 anos. Elas disseram que foram ameaçadas com uma arma pelo agressor que estava usando boné. Mesmo sem o reconhecimento oficial, as mulheres afirmaram que o olhar e as características da sobrancelha não deixam dúvidas de que ele é o autor do estupro.

 

A outra mulher, que chegou sem marcação prévia ao local, disse que foi abusada em 1994, no Bairro Cidade Nova, Região Nordeste de BH. Na época ela tinha 11 anos. Já a mulher que não aguentou esperar o suspeito tem 30 anos e foi violentada no Bairro Santa Lúcia, Região Centro-Sul da capital. Ela deveria ter prestado depoimento na última segunda-feira, mas passou mal ao se lembrar da violência. A irmã dela foi atacada no mesmo dia e já reconheceu Pedro Meyer como autor do estupro. A polícia deve marcar um outro dia para ela fazer o reconhecimento.

Caso todas as vítimas reconheçam Pedro, o número de casos do maníaco sobe para 15.

Cigarro como aliado

O advogado do ex-bancário, Lucas Laire, afirmou que o cigarro está sendo um aliado para manter a integridade física do preso. De acordo com o defensor, Pedro recebe diversos maços da família, mesmo não sendo fumante. O material é distribuído entre os outros detentos e isso é que estaria “mantendo a integridade física de Pedro”, disse o advogado.

O defensor enviou ofício ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Comissão de Direitos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Ordem dos Advogados do Brasil e Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) pedindo a garantia de vida para o cliente e a transferência de Pedro para uma cela separada ou especial.

Pedro Meyer tem aparecido na delegacia muito machucado. Segundo Laire, o cliente está “definhando” por causa das agressões sofridas tanto na cadeia quanto em viaturas da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi). O advogado registrou dois boletins de ocorrência. Um no dia 30 de março, denunciando que Pedro Meyer apanhou na penitenciária, e outro no dia 4 de abril, relatando que o homem foi espancado em um carro da Suapi.

O advogado também informou que já entrou com um habeas corpus para tentar retirar Pedro da cadeia. Porém, o documento pode perder o efeito, já que a prisão preventiva dele pode sair a qualquer momento. Caso isso aconteça, o defensor já afirmou que entrará com mais um recurso.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)