Jornal Estado de Minas

Maníaco do Anchieta pode ser criminoso serial, diz polícia

Após mais um dia de reconhecimentos de vítimas do Maníaco do Anchieta, a polícia já admite que investiga o ex-bancário Pedro Meyer Ferreira Guimarães, de 57 anos, como um criminoso serial. Nesta quinta-feira, subiu para 14 o número de mulheres que afirmam terem sido abusadas por ele. Três vítimas fizeram o reconhecimento do homem. Uma outra pessoa que iria prestar depoimento não pôde ficar no local, já que o preso demorou cerca de seis horas para chegar à delegacia.



De acordo com a delegada Margaret de Freitas Assis Rocha, chefe da Divisão de Proteção à Mulher, Idosos e Deficiente Físico, ele pode ser considerado um serial porque agiu em três Regiões de Belo Horizonte e também em Contagem, na Grande BH.

Ainda segundo a delegada, todas as três mulheres que fizeram o reconhecimento nesta quinta-feira, ficaram muito nervosas e choraram no momento em que ficaram frente a frente com o maníaco. Elas o reconheceram, pelos traços,  mãos e pela voz.

Entre as vítimas, estão duas mulheres que foram abusadas juntas, no Bairro Nacional, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O crime aconteceu em 2001, quando elas tinham 16 e 18 anos. Elas disseram que foram ameaçadas com uma arma pelo agressor, que estava usando boné.



A outra mulher, que chegou sem marcação prévia ao local, disse que foi abusada em 1994, no Bairro Cidade Nova, Região Nordeste de BH. Ela informou à polícia que o modo de abordagem do suspeito foi o mesmo usado com outras vítimas. Na época ela tinha 11 anos.

Já a vítima que desistiu de fazer o reconhecimento nesta quinta-feira tem 30 anos e foi violentada no Bairro Santa Lúcia, Região Centro-Sul da capital. Ela deveria ter prestado depoimento na última segunda-feira, mas passou mal ao se lembrar da violência. A irmã dela foi atacada no mesmo dia e já reconheceu Pedro Meyer como autor do estupro. A polícia deve marcar um outro dia para ela fazer o reconhecimento.

 

Um pedido de prisão preventiva já foi feito à Justiça, porém, ainda não foi julgado.