O centro de inteligência da penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH, impediu a entrada de 173 chips e 18 celulares na unidade nesta terça-feira. Os produtos, que são de uso proibido no local, estavam dentro de um carro e seriam entregues junto com os pães de sal destinados aos presos.
Desconfiados de que materiais ilícitos entrariam na prisão, funcionários da unidade monitoraram toda a ação da entrega dos pães. Os celulares e chips foram encontrados no motor de uma Kombi da empresa responsável pela distribuição do alimento.
O Complexo Penitenciário Nelson Hungria abriu um procedimento interno para apurar as circunstâncias do ocorrido e o envolvimento de algum funcionário no recebimento deste material.
O possível envolvimento de funcionários da empresa Eldorado, responsável pela entrega dos pães, será investigado pela Polícia Civil.
Em nota, a Eldorado Refeições LTDA informou que os veículos usados para transporte de alimentos e materiais de manutenção para a penitenciária costumam pernoitar em um local de livre acesso ao público em geral, “em estacionamento de oficina mecânica do próprio Estado, sem qualquer controle de entrada e saída de pessoal”.
Assim, segundo a Eldorado, “não há como incorrer em culpa esta empresa ou seus colaboradores”. A empresa ressalta que seus funcionários são responsáveis somente pelo transporte e manutenção, não sendo tarefas deles a fiscalização de pátios de estacionamento ou revista de veículos.