Os moradores do edifício não viram avanços na conclusão do laudo da SudecapPara eles, os problemas estruturais da edificação, que ficava na Rua Laura Soares Carneiro, eram anteriores ao corte do terreno, portanto, esperam agora que isso fique demonstrado no laudo oficial requisitado pela Justiça, que será entregue no próximo mês
“Esse laudo da Sudecap não muda nadaA culpa é de quem construiu o edifícioHá três anos e meio vínhamos tentando comprovar na Justiça que existia o risco de desmoronamento, o que esperamos que se confirme por meio do laudo oficial”, afirmou a supervisora de telemarketing Rita Piumbini, ex-moradora do apartamento 101O prazo para que o perito oficial da Justiça estadual Eduardo Vaz de Mello entregue o laudo é 12 de maio Rita mora de aluguel num apartamento no Buritis e, mesmo com a decisão judicial obrigando a Estrutura Engenharia a pagar R$ 1,5 mil de aluguel, ela diz que passou a gastar mais R$ 500 com custo de moradia.
Em 22 de outubro de 2011, quando os moradores ainda aguardavam uma decisão judicial para que a Estrutura Engenharia fizesse reparos, os moradores foram surpreendidos com a interdição da Defesa Civil do imóvel e do prédio vizinho, o Art de Vivre, este construído pela Pódium Engenharia, diante do risco de desabamentoNo primeiro edifício surgiram novas rachaduras, que agravaram os problemas estruturais que resultaram na ação judicial de junho de 2010O corte do terreno realizado aos fundos das edificações, para execução de novo empreendimento da Pódium e o rompimento de uma tubulação da rede de distribuição de água, na época surgiram como prováveis causas para a movimentação do solo, que abalou os imóveis, que ficaram inclinados.
O laudo geotécnico da Sudecap, assinado pelo engenheiro José Eduardo de Aguiar, conclui que “o descalçamento do aterro para construção de edificação, agravado pelo aumento da umidade do solo pelas chuvas, foi o agente deflagrador do processo final de deslizamento que culminou na ruptura da encosta da Rua Laura Soares Carneiro”Ainda, segundo o documento, apesar do rompimento da tubulação de água na via, bem como as chuvas do período entre outubro e janeiro, a responsabilidade pelos danos e prejuízos causados, com o desmoronamento do Vale dos Buritis, deve-se principalmente às obras de terraplanagem e às deficiências nas estruturas de contenção instaladas na encosta