A polícia divulgou o retrato falado dos suspeitos de assassinar três líderes do Movimento pela Libertação dos Sem Terra (MLST) em uma estrada no Triângulo Mineiro, em 24 de março. As características dos supostos assassinos foram passadas por outros integrantes da comunidade que acampa na Fazenda São José dos Cravos, que tiveram contato com eles. De acordo com o delegado Kleyverson Resende, da Delegacia de Homicídios de Betim, responsável pelo caso, os suspeitos chegaram a dormir no acampamento um dia antes do crime. “Eles foram lá e usaram o argumento de montar uma barraca. Mas, já estavam planejando os homicídios”, explica o delegado.
No dia anterior, os suspeitos chegaram a dormir no acampamento e conseguiram informações que ajudaram nas execuções. “Eles conversaram com as vítimas e procuraram saber se eles iriam na cidade. Na sexta-feira à noite, dormiram no acampamento e, na manhã do dia seguinte, cometeram os assassinatos. Eles não voltaram para o acampamento depois disso. Suspeitamos que eles ficaram na região”, afirma o delegado.
Sobre as linhas de investigações dos crime, o delegado prefere deixá-las em sigilo. “Na verdade são várias linhas de investigação, não descartamos nenhuma. Mas prefiro não divulgar para não atrapalhar nas investigações”, diz o delegado.