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Estado de Minas

Polícia Militar impede festa marcada pela internet no Cidade Nova

A festa não tinha autorização da Prefeitura de Belo Horizonte ou dos órgãos de segurança.


postado em 28/04/2012 20:27 / atualizado em 28/04/2012 20:58

Mais de 30 comissários de menores circularam pelo bairro abordando jovens a caminho da festa.(foto: Túlio Santos/EM/DA Press)
Mais de 30 comissários de menores circularam pelo bairro abordando jovens a caminho da festa. (foto: Túlio Santos/EM/DA Press)


A operação conjunta da Polícia Militar (PM), BHTrans e Juizado de Menores impediu a realização da festa Cidade Love 2, marcada para a tarde deste sábado no Bairro Cidade Nova, Região Norteste de Belo Horizonte. Marcada para ocorrer das 14h às 22h deste sábado na Rua Deputado Bernardino Sena Figueiredo, a Cidade Love entraria em sua segunda edição. O primeiro evento causou tumulto e depredação no bairro no início do mês passado. A festa não tinha autorização da Prefeitura de Belo Horizonte ou dos órgãos de segurança.

Mais de 30 comissários de menores circularam pelo bairro abordando jovens a caminho da festa. A Rua Bernardino Sena foi fechada e somente moradores tinham acesso. “Flagramos alguns menores se aglomerando nas esquinas. Quem estiver bebendo ou portando bebida alcoólica será conduzido ao Juizado da Infância e da Juventude e chamamos os pais”, alertou o comissário Paulo César Nascimento.

O tenente Hebert Bruno de Paula Santana, do 16º Batalhão da PM, disse que não havia nenhum responsável pela festa. “Qualquer dano ao patrimônio público ou privado que houver, menores em coma alcoólico, overdose, brigas ou lesão em alguém, não há ninguém para ser responsabilizado”, disse o PM. “O perfil criado no facebook, e que criou a festa, não tem uma pessoa identificada”, completa. Um cabo da PM flagrou duas meninas, de 15 e 16 anos, com bebidas contendo vodca na sua composição. Adolescentes de várias regiões da cidade, como os bairros Guarani, Tupi e Sagrada Família, compareceram ao local e foram orientadas a voltar para casa. “Vamos ter que arrumar outra festa. É sábado e a gente não pode ficar parado”, disse um adolescente de 17 anos. Uma jovem, que diz ter 18 anos, tinha planos de comprar bebidas em uma padaria.

Adolescentes de várias regiões da cidade, como os bairros Guarani, Tupi e Sagrada Família, compareceram ao local e foram orientadas a voltar para casa.(foto: Túlio Santos/EM/DA Press)
Adolescentes de várias regiões da cidade, como os bairros Guarani, Tupi e Sagrada Família, compareceram ao local e foram orientadas a voltar para casa. (foto: Túlio Santos/EM/DA Press)
O professor Rui César Rezende de Souza, de 60, ficou feliz com a ação da polícia e do Juizado da Infância e da Juventude. “Nunca tive tanto transtorno como na festa anterior. Era tanta gente aglomerada que eu não consegui sair de casa. Eles subiram na grade da minha casa, o som era ensurdecedor. Nunca ouvi músicas com letras tão agressivas e chulas no que diz respeito à figura feminina. Tenho duas filhas e fiquei com vergonha por elas. Fiquei sabendo que houve até um estupro na festa e no dia seguinte a rua estava tomada de garrafas quebradas. Menores bebendo muito, muita violência, preconceito e desrespeito à cidadania”, lamenta o professor.  “Jovens tentaram formar um grupo na semana seguinte e fui para a rua e os enfrentei. Corri o risco de ser agredido, mas eles foram embora”, completa.

Em 10 de fevereiro, a PM conseguiu impedir outra festa sem autorização da prefeitura, PM e Corpo de Bombeiros na Rua Cobre, no Bairro Cruzeiro, Região Centro-Sul. O bloco de carnaval “Vou passar a noite com elas” também foi barrado na Praça do Papa, por não haver autorização.

(com Cristiane Silva)


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