Após 33 dias preso, o securitário Rodrigo de Oliveira Campos, de 26 anos, foi solto na noite desta quarta-feira depois da Justiça autorizar a redução de sua fiança - estipulada inicialmente em R$ 60 mil - para R$ 16,6 mil. O valor foi pago pelos familiares do jovem e, segundo informou a Secretaria de Estado da Defesa Social (Seds), por volta das 20h, ele deixou o presídio de Bicas I, em São Joaquim de Bicas, na Grande BH.
A redução do valor foi determinada nessa terça-feira pelo II Tribunal do Júri, em Belo Horizonte. Rodrigo de Oliveira responderá em liberdade por lesões corporais dolosas e pelas mortes do cadeirante Alcindo Pereira Souza, de 62 anos, e da esposa dele, Maria do Carmo Gomes de Souza, de 52, em acidente ocorrido no último mês, na Rua Jacuí, Região Nordeste de Belo Horizonte.
Relembre o caso
No último 06 de abril, Rodrigo Campos seguia no Vectra placa DAQ 2619 pela Rua Jacuí, no sentido bairro/Centro, em velocidade acima do permitido. No cruzamento com a Rua Pio XI, onde há uma placa de advertência sobre a travessia de pedestres, ele não conseguiu parar e bateu com violência no Uno placa GZN 4409, dirigido pelo aposentado Alcindo Pereira. Desgovernado, o Vectra atingiu ainda dois carros que estavam estacionados.
Alcindo Souza, que era cadeirante, foi atirado de seu veículo a uma distância de 30 metros e teve morte instantânea. A mulher dele também foi jogada para fora do Uno e morreu dias depois no Hospital João XXIII. O condutor foi preso em flagrante por homicídio e lesões corporais dolosas, já que dirigia em alta velocidade e sob suspeita de ter ingerido bebida alcoólica.
O único sobrevivente do Uno é o filho do casal, Pedro Henrique Gomes de Souza, de 12 anos, que aparece sendo arremessado contra um veículo estacionado em imagens gravadas por câmeras de segurança de uma loja.