Mais uma criança atacada pelo ex-juiz e advogado Mário José Pinto da Rocha, de 65 anos, foi localizada pela Polícia Civil e prestou depoimento ontem. As declarações do menino de 10 anos – que é tio do garoto de 11 anos encontrado na noite do domingo no apartamento do suspeito, no Bairro Santa Amélia, na Pampulha – confirmam as armadilhas criadas pelo acusado para atraí-los à sua casa e praticar a violência sexual, segundo a polícia. Além de dinheiro e lanches, ele presenteava as crianças com roupas, calçados e brinquedos. Um dos meninos ganhou bicicleta e celular. Para garantir segredo, Rocha ameaçava agredir ou matar os garotos.
As investigações contra o ex-juiz, que já tem condenação de 12 anos por estupro, mas aguardava em liberdade, começaram há um mês, depois de denúncias de vizinhos dele. Mas a delegada responsável pelo caso, Andréa Aparecida Alves da Cunha Soares, da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), acredita que os dois meninos, moradores do Bairro Jaqueline (Norte da capital), eram abusados sexualmente pelo acusado há pelo menos três meses. Andréa também não descarta a possibilidade de haver mais vítimas.
“Os dois garotos são de famílias humildes, vigiam carros na Avenida Guarapari, próximo ao prédio onde Mário mora sozinho no Santa Amélia”, informou a policial. Segundo ela, ambos contaram que conheceram o acusado na região. “Ele ofereceu lanche para os meninos e os levou para o seu apartamento. Parece que o mais novo foi abordado primeiro e ele acabou convencendo o outro. Eles confirmam ter mantido relações sexuais com o acusado e que vinham recebendo dinheiro e presentes”, afirmou.
O menino mais novo chegou cedo à delegacia, acompanhado da mãe, que é avó materna do garoto encontrado debaixo da cama do quarto do ex-juiz, no domingo. A dona de casa C.R.J., de 46, confirmou à polícia que o filho e o neto estariam recebendo dinheiro e presentes de um desconhecido. A mulher afirmou ter estranhado e perguntado quem era a pessoa, porém os meninos diziam apenas que era um “velho”. “Só fiquei sabendo quem era o ex-juiz depois da prisão no domingo e só então fui informada de que os meninos estavam sendo obrigados a fazer sexo com ele”, disse.
O menino de 10 anos foi levado para exames no Instituto Médico-Legal (IML). O laudo ficará pronto em 30 dias. Durante a abordagem da polícia no apartamento do ex-juiz, foram encontrados preservativos, lubrificantes, luvas, toalhas e lenço de papel.
Mário José da Rocha está preso na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, depois de autuado em flagrante por estupro de vulnerável, e poderá responder também por exploração infantil. Se condenado, pode pegar entre 8 a 15 anos de prisão.
Escândalo
Rocha já estava envolvido em um escândalo antes de pedir exoneração ao Tribunal de Justiça, em 15 de maio de 2003, para seguir carreira de advogado. A delegada Andréa Aparecida Alves é a mesma que presidiu o inquérito em que o Rocha pegou 12 anos de prisão por estupro de um adolescente, em 2008. Mas, na década de 1980, segundo ela, ele já havia sido investigado pelo mesmo crime.
O Tribunal de Justiça não soube informar o motivo alegado pelo ex-juiz para se afastar da magistratura. Informou apenas que a denúncia de estupro que resultou condenação foi recebida pela 3ª Vara Criminal do Fórum Lafayette em 29 de agosto de 2008, e que a sentença foi dada em 17 de junho de 2011. Ele pegou 12 anos de prisão, em regime fechado, e aguardava recurso em liberdade quando foi preso em flagrante no domingo.
As investigações contra o ex-juiz, que já tem condenação de 12 anos por estupro, mas aguardava em liberdade, começaram há um mês, depois de denúncias de vizinhos dele. Mas a delegada responsável pelo caso, Andréa Aparecida Alves da Cunha Soares, da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), acredita que os dois meninos, moradores do Bairro Jaqueline (Norte da capital), eram abusados sexualmente pelo acusado há pelo menos três meses. Andréa também não descarta a possibilidade de haver mais vítimas.
“Os dois garotos são de famílias humildes, vigiam carros na Avenida Guarapari, próximo ao prédio onde Mário mora sozinho no Santa Amélia”, informou a policial. Segundo ela, ambos contaram que conheceram o acusado na região. “Ele ofereceu lanche para os meninos e os levou para o seu apartamento. Parece que o mais novo foi abordado primeiro e ele acabou convencendo o outro. Eles confirmam ter mantido relações sexuais com o acusado e que vinham recebendo dinheiro e presentes”, afirmou.
O menino mais novo chegou cedo à delegacia, acompanhado da mãe, que é avó materna do garoto encontrado debaixo da cama do quarto do ex-juiz, no domingo. A dona de casa C.R.J., de 46, confirmou à polícia que o filho e o neto estariam recebendo dinheiro e presentes de um desconhecido. A mulher afirmou ter estranhado e perguntado quem era a pessoa, porém os meninos diziam apenas que era um “velho”. “Só fiquei sabendo quem era o ex-juiz depois da prisão no domingo e só então fui informada de que os meninos estavam sendo obrigados a fazer sexo com ele”, disse.
O menino de 10 anos foi levado para exames no Instituto Médico-Legal (IML). O laudo ficará pronto em 30 dias. Durante a abordagem da polícia no apartamento do ex-juiz, foram encontrados preservativos, lubrificantes, luvas, toalhas e lenço de papel.
Mário José da Rocha está preso na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, depois de autuado em flagrante por estupro de vulnerável, e poderá responder também por exploração infantil. Se condenado, pode pegar entre 8 a 15 anos de prisão.
Escândalo
Rocha já estava envolvido em um escândalo antes de pedir exoneração ao Tribunal de Justiça, em 15 de maio de 2003, para seguir carreira de advogado. A delegada Andréa Aparecida Alves é a mesma que presidiu o inquérito em que o Rocha pegou 12 anos de prisão por estupro de um adolescente, em 2008. Mas, na década de 1980, segundo ela, ele já havia sido investigado pelo mesmo crime.
O Tribunal de Justiça não soube informar o motivo alegado pelo ex-juiz para se afastar da magistratura. Informou apenas que a denúncia de estupro que resultou condenação foi recebida pela 3ª Vara Criminal do Fórum Lafayette em 29 de agosto de 2008, e que a sentença foi dada em 17 de junho de 2011. Ele pegou 12 anos de prisão, em regime fechado, e aguardava recurso em liberdade quando foi preso em flagrante no domingo.