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Estado de Minas

Leoa Hanna é a nova rainha do Zoológico de BH; gorilas superam perda de Idi Amin

Zoo ganhou também mais três novos animais de porte: as onças-pardas Zeus e Apolo e a onça-pintada Janes


postado em 11/05/2012 08:12 / atualizado em 11/05/2012 08:52

Hanna já passeia pela área de mamífero do Zoológico de Belo Horizonte(foto: Cristina Horta/EM/DA Press)
Hanna já passeia pela área de mamífero do Zoológico de Belo Horizonte (foto: Cristina Horta/EM/DA Press)


A tristeza pela morte do gorila Idi Amin começa a se transformar em saudade e a leoa Hanna, que chegou do Ceará em abril, promete ser a nova alegria da Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte. Cercada por crianças de escolas públicas e particulares, Hanna, uma leoa adulta de 6 anos, passou a tarde de ontem pegando sol. Foi seu segundo dia ao ar livre no zoológico da capital, e na próxima segunda-feira, ela deve ficar solta no mesmo ambiente que o macho Simba, dono do pedaço.

Ela parecia preguiçosa. Esticou todo o corpo e bocejou, arrancando risos das crianças. Hanna e Simba ainda passarão o fim de semana do Dia das Mães revezando o espaço, mas na semana que vem já poderão ser vistos juntos. Além de duas-onças pardas que chegaram de Montes Claros em novembro, os visitantes também poderão em breve conhecer a onça-pintada Janes, de 9 anos, que fará par com o macho Jonas, da mesma espécie, morador de outro recinto no espaço dos felinos.

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“A leoa passou um mês e meio na quarentena, procedimento adotado para qualquer animal que chega ao zoológico. No início desta semana, ela foi transportada para a área de manobra, espaço ao qual precisa se acostumar porque é lá que recebe comida ou fica presa, enquanto os tratadores cuidam do recinto. Vamos aproveitar a próxima segunda-feira, quando o zoológico estará fechado, para fazer a aproximação dos dois. Mesmo sendo macho e fêmea, pode haver uma reação ou briga, o que é normal porque Simba está muito afoito. Por isso, escolhemos um dia com menos agitação para os animais”, contou a bióloga Valéria do Socorro Pereira, do setor de mamíferos.

O casal já se viu pelas grades. Simba, sozinho desde agosto do ano passado, ficou agitado. “Ele vocalizou muito e bateu as patas na porta várias vezes”, disse Valéria. Os dois, segundo ela, poderão cruzar, mas a fêmea receberá tratamento contraceptivo. De acordo com a bióloga, uma determinação do Ibama regulamenta a reprodução de animais exóticos e de grande porte. “Não é possível procriar e procriar. O custo também é muito alto para manter os filhotes. Mas eles poderão, sim, cruzar. Simba ficou muito animado e amanhã (hoje), quando estiver solto no recinto, vai cheirar todo lugar onde Hanna ficou. Ela explorou bastante a área externa, as três tocas do espaço e já atendeu pelo novo nome”, explicou Valéria.

A pequena Laula Lílian da Silva, de 7 anos, ficou na dúvida se o animal era fêmea ou macho, mas distinguiu pela cor. “Primeiro eu achei que era o leão e até fiquei com medo, mas ela é mais clara e tem uma cara boa. O ‘cabelo’ também é mais curto”, disse a menina. O colega Gabriel Cardoso, da mesma idade, vai convidar os pais para um novo passeio. “Quero voltar para ver os dois juntos”.

A onça-pintada Janes veio de Uberlândia e está no hospital veterinário. Ela passou por exames físicos e clínicos e já está liberada, mas vai esperar o encontro de Hanna e Simba, para depois receber toda a atenção dos tratadores. Na semana que vem, a onça deve ser levada ao recinto e vai revezar o espaço com o macho Jonas por alguns dias, até que o encontro aconteça. As onças-pardas Zeus e Apolo, dois machos que vieram de Montes Claros, já podem ser fotografados pelos visitantes.

As fêmeas vieram da Inglaterra para procriar com Idi, que até então era o único gorila da América do Sul.(foto: Maria Tereza Correia/EM/D.A Press - 19/11/11)
As fêmeas vieram da Inglaterra para procriar com Idi, que até então era o único gorila da América do Sul. (foto: Maria Tereza Correia/EM/D.A Press - 19/11/11)


Imbi e Kifta superam perda

As fêmeas Imbi e Kifta reagem bem à ausência do gorila Idi Amin. Segundo a bióloga Valéria Pereira, não é possível dizer se elas sentem falta do companheiro, que morreu em março, mas elas pouco voltam à área de manejo, onde o grandalhão costumava ficar. Valéria diz que elas se alimentam bem e mantêm a rotina normal de explorar a área externa do recinto. “As gorilas só querem saber de rua. Voltam apenas para se alimentar. A companhia de uma para a outra também é importante neste processo”, afirma. O corpo do gorila ainda passa pelo processo de taxidermia na Pontifícia Universidade Católica (PUC Minas). Idi Amin será empalhado, mas ainda há dúvidas sobre a posição em que ele ficará. A Fundação Zoo-Botânica também não tem previsão de quando outro gorila poderá ser trazido para o Brasil. As fêmeas vieram da Inglaterra para procriar com Idi, que até então era o único gorila da América do Sul.


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