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Estado de Minas

Polícia Militar destrói cerca de 80 barracões da Ocupação Eliana Silva

Desde às 6h, cerca de 400 policiais participam da ação em cumprimento à decisão da juíza Luzia Peixoto, que determinou a reintegração de posse do terreno


postado em 11/05/2012 15:39 / atualizado em 11/05/2012 17:45

Todos os barracões das cerca de 300 famílias que vivem na Ocupação Eliana Silva, na Região do Barreiro, foram destruídos pela Polícia Militar, nesta sexta-feira. Desde às 6h, cerca de 400 policias participam da ação em cumprimento à decisão da juíza Luzia Divina de Paula Peixoto, da 6ª Vara de Feitos da Fazenda Pública Municipal, que determinou a reintegração de posse do terreno. As famílias vivem na área, de 400  metros quadrados, localizada na Rua Perimetral, Bairro Santa Rita, desde o dia 21 de abril.

De acordo com o coordenador do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas, Leonardo Péricles, apenas as barracas de comida permanecem de pé. As famílias continuam no local. “As pessoas não têm lugar pra ir, então, se não pudermos ficar aqui, vamos permanecer na rua”, disse Péricles.

Às famílias foi oferecida a opção de ir para abrigos espalhados na capital, que Péricles chama de “campos de concentração”. Segundo coordenadores da ocupação, quase todas as famílias são cadastradas nos programas habitacionais da Prefeitura de Belo Horizonte há muitos anos, mas nunca receberam garantia ou previsão de quando as casas serão construídas. Os ocupantes ainda informam que a prefeitura não apresentou documento comprovando que essa área do Barreiro pertence ao poder público municipal. Por isso questionam a desapropriação.

A ação da polícia


Militares cercaram o acesso ao terreno e não permitiram a saída dos ocupantes, nem mesmo a entrada de outras pessoas. Eram agentes do 41º Batalhão, Grupamento de Ações Táticas Especiais (Gate) e Batalhão de Choque. Equipes do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) também estavam no local para atender feridos, em caso de confronto. Alguns militares ocuparam as matas no entorno do loteamento, fecharam a rua onde fica a entrada da comunidade e um helicóptero da PM sobrevoava a área o tempo todo.

Os ocupantes se recusaram a sair, alegando que a ação de despejo é irregular. As famílias acusaram a PM de desmontar os barracos de lona arbitrariamente.

(Com Luana Cruz e Pedro Ferreira)


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