CBTU recorre à Justiça para garantir escala mínima do metrô em BH

Para tentar minimizar os prejuízos pela greve anunciada pelos metroviários em Belo Horizonte, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) ajuizou uma ação cautelar junto ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para que seja garantida uma escala mínima na circulação do Metrô de BH. A paralisação por tempo indeterminada foi definida nessa quinta-feira durante assembleia da categoria na capital mineira, que decidiu integrar o movimento nacional.

Os metroviários reivindicam reajuste salarial, participação nos lucros e resultados, adicional noturno de 50%, além de plano de saúde. De acordo com o Sindicato dos Empregados em Empresas de Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (SINDIMETRO-MG), a CBTU se recusa a aumentar os salários e definiu manter congelados os benefícios dos trabalhadores, como os auxílios transporte e alimentação.

A CBTU, por sua vez, afirma que está aberta à negociação para firmar acordo coletivo que valerá para todas as operadoras da Companhia no país. Segundo a empresa, as negociações tiveram início no começo do ano.

Diariamente, pelo menos 215 mil pessoas utilizam o metrô em Belo Horizonte. São realizadas cerca de 290 viagens por dia. Segundo o Sindimentro-MG, a paralisação terá início na próxima segunda-feira. A expectativa da CBTU é que o TRT se manifeste sobre a solicitação de que seja garantido número mínimo de viagens para atender os usuários do serviço.