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Estado de Minas

Começa a valer interdição na Avenida Santos Dumont e dia pode ser ruim para comércio

Na véspera do fechamento de pistas, que deve piorar trânsito no Centro, lojistas já reclamam de vendas fracas. Greve contribuiu


postado em 15/05/2012 06:00 / atualizado em 15/05/2012 07:28

Canteiro central da Avenida Santos Dumont foi cercado e quebrado, e máquinas já estão trabalhando(foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press)
Canteiro central da Avenida Santos Dumont foi cercado e quebrado, e máquinas já estão trabalhando (foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press)

A possibilidade de continuação da greve dos metroviários deixou inquietos comerciantes do Centro de Belo Horizonte, que nesta terça-feira começam a enfrentar uma grande mudança no trânsito. Por causa das obras do BRT da área central, a Avenida Santos Dumont, um dos principais corredores do Hipercentro, será fechada para o tráfego de veículos no trecho entre as ruas São Paulo e Bahia. O receio dos lojistas é de que, com o movimento de greve, as perdas no comércio sejam ainda maiores do que as previstas com o início das obras. Nessa segunda-feira, na véspera do fechamento, donos de lojas já sentiram o enfraquecimento das vendas por conta da paralisação do metrô.


E o cenário nos estabelecimentos ao longo da via não era dos mais animadores. Lojas estavam vazias, bares com poucos clientes e a movimentação nas calçadas era bem diferente do frenético vai e vem habitual. “Hoje (ontem) está sendo um dia bem atípico, já que a segunda-feira é o dia em que mais tenho movimento. Penso que pode ser efeito da greve, pois muita gente deve ter deixado de vir ao Centro. Todos os meus funcionários, por exemplo, chegaram atrasados. Teve loja em que muitos nem mesmo vieram trabalhar”, contou o empresário Cláudio Luiz Santos, de 42, dono de uma loja de produtos para casa na Avenida Santos Dumont. Otimista com os benefícios que a obra poderá trazer, o comerciante não esconde o temor com o esfriamento das vendas. “Estimo uma queda de aproximadamente 40%”, disse.

Efeitos

Prejuízo que também é esperado pelo gerente Sílvio Aparecido da Silva, funcionário de um supermercado na avenida, localizado entre Bahia e Espírito Santo. “Estou receoso com os efeitos da obra porque aqui temos um movimento que coincide com os embarques e desembarques de ônibus. Ninguém vem fazer compras de carro, uma vez que não temos estacionamento. Como as linhas vão mudar para vias do entorno, muita gente vai deixar de comprar aqui”, afirmou. Para Sílvio, a solução para o impasse entre metroviários e Companhia Brasileira de Trens Urbanos precisa ocorrer o mais rápido possível para que os transtornos não sejam maiores.

(foto: ARTE EM)
(foto: ARTE EM)
O fim da greve também foi apontado como urgente pelo gerente Márcio Teixeira, que trabalha em uma loja de material elétrico. “Acho que as obras são superbem-vindas, mas qualquer fator diferente na cidade pode agravar os problemas”.

Com o fechamento da Santos Dumont, 14 pontos de ônibus serão desativados na via e 160 linhas de ônibus serão transferidas para sete novos pontos de embarque e desembarque nas ruas Caetés e Guaicurus. Agentes da BHTrans, Guarda Municipal e Polícia Militar vão monitorar as mudanças previstas, que começam na manhã de hoje e vão até o fim de outubro. Em novembro, as obras na área central vão chegar à Avenida Paraná.
 


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