“A organização do projeto Palco Hip Hop informa que acredita e defende o livre direito de expressão artística e esclarece que em nenhum momento houve a intenção de ofender a PMMG que trabalhava no local
O projeto tem como objetivo promover a cultura hip hop através de ações de reflexão sobre a presença do gênero e a importância social e cultural nas comunidades de periferiaO Projeto Palco Hip Hop explica, ainda, que repudia todo tipo de violência, de qualquer natureza e contra qualquer indivíduo, e que também são solidários a comunidades que foram desapropriadas.
“Somos solidários às famílias atingidas pela desapropriação da Comunidade Eliana Silva, no Barreiro, em Belo Horizonte, assim como às comunidades Zilah Spósito - Helena Greco, Dandara, Pinheirinho, Moinho e todas as outras que vêm sofrendo com a desocupação e a repressão em nosso paísAcreditamos no diálogo e no respeito como ferramentas de transformação de uma sociedade”, diz a nota
O rapper, de 26 anos, foi liberado algumas horas depois de ser detidoSegundo a assessoria de imprensa do artista, ele se recusou a assinar o boletim de ocorrência porque a frase que ele disse no palco teria sido alterada no documentoA nota afirma que Emicida fez o seguinte comentário antes de começar a música "Dedo na Ferida", música que fala sobre a polêmica que envolve a polícia e moradores nos casos de desocupações, como no Pinheiro, em São José dos Campos (SP): “Antes de mais nada, somos todos Eliana Silva, certo? Levanta o seu dedo do meio para a polícia que desocupa as famílias mais humildes, levanta o seu dedo do meio para os políticos que não respeitam a população e vem com ‘noiz’ nessa aqui, óMandando todos eles se f..., certo, BH? A rua é 'noiz.'"
Depois da apresentação, militares do 41º Batalhão prenderam o rapper “por incitar o público a fazer gestos obscenos para policiais e para políticos”Emicida foi levado para a Delegacia Regional Barreiro, onde foi ouvido e liberadoUma foto do histórico da ocorrência foi reproduzida no site do artista
O músico, que estava acompanhado do irmão e empresário, Evandro Fioti, e do advogado, preferiu não assinar o B.OA Polícia Civil explica que a assinatura do Boletim de Ocorrência não é obrigatóriaNesse caso, uma testemunha assina o documento diante da negação do envolvidoO documento já foi encaminhado à Justiça e a audiência foi marcada para fevereiro de 2013Segundo o major Gilmar Luciano Santos, chefe da Sala de Imprensa da Polícia Militar de Minas Gerais, a PM confirma que o rapper incitou o crime“Mandar as pessoas fazerem gestos obscenos é crimeEstá no Código Penal”, explicou
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