A categoria pede carreira única com incorporação das gratificações e variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35), além de percentuais de acréscimo conforme a titulação e ao regime de trabalho.
Em algumas instituições os professores estão em sala de aula, mas a expectativa é de que a maioria apenas finalize a semanaCaso da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), na Zona da Mata, que em assembleia decidiu aderir à greve a partir de segunda-feiraNa Federal de Uberlândia (UFU), no Triângulo Mineiro, a adesão foi decidida por unanimidadeOntem, houve um ato simbólico para marcar o início do movimento e passeata da reitoria até o Centro da cidadeSegundo o professor Bruno Curcino, do comando de greve, o hospital universitário e serviços essenciais continuam funcionando normalmente.
Na Universidade Federal de Alfenas (Unifal), a expectativa é pela decisão da federação nacional dos técnicos, que avalia se vai ou não decretar greveDe acordo com o reitor, Paulo Márcio de Faria e Silva, ainda não é possível saber quantos profissionais estão parados.
O Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte e Montes Claros (Apubh), que representa a UFMG, não cogita aderir à paralisaçãoDe acordo com o presidente da entidade, José de Siqueira, a Apubh preferiu aguardar o prazo pedido pelo governo federal, dia 31, para a discussão de carreiras“Não vejo sentido propor uma greve 14 dias antes do prazo”, disse.
Ansiedade
Entre os alunos, o medo de que a greve se arraste por meses a fio já toma conta
Estudante de engenharia de produção civil do do Cefet, em Belo Horizonte, Anna Clara Martins de Pinho Carvalho, de 19, também aguarda o desenrolar dos fatosOntem, muitas salas ficaram vazias à noite“Alguns professores estão com medo de continuar em sala e o sindicato aparecer e obrigá-los a interromper a aula, gerando um constrangimento grande para todos”, conta.
Negociações
O Ministério da Educação (MEC) informou, por meio de nota, que as negociações salariais com a Andes começaram em agosto, quando foi acertado reajuste de 4% a partir de março deste anoAcrescentou que na sexta-feira o projeto de lei que assegurava o aumento foi transformado em medida provisória para acelerar o processoJá a aplicação do plano de carreira dos professores e funcionários está prevista somente para o ano que vemAinda segundo a nota, as negociações com o Ministério do Planejamento e as representações sindicais seguem abertas.