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Estado de Minas

Justiça começa a periciar prédio que desabou no Caiçara

No início do mês, a Polícia Civil divulgou laudo apontando a Prefeitura de Belo Horizonte e os construtores como responsáveis pelo desabamento


postado em 24/05/2012 06:00 / atualizado em 24/05/2012 06:45

Próximo passo dos trabalhos será a retirada dos escombros(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press - 3/1/12)
Próximo passo dos trabalhos será a retirada dos escombros (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press - 3/1/12)
Mais de quatro meses após dois blocos de um edifício desabarem na Rua Passa Quatro, no Bairro Caiçara, Região Noroeste de Belo Horizonte, o local começa a passar por perícia judicial para identificar as causas do acidente. Nessa quarta-feira, o perito Eduardo Vaz de Melo, o presidente do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de Minas Gerais (Ibape-MG), Frederico Correia, e representantes da Copasa verificaram a rede de água e a forma como o prédio se deslocou. O próximo passo será a retirada dos escombros.

De acordo com Frederico, o perito vai pedir à Justiça autorização para que o entulho seja removido. A intenção é verificar o que está debaixo. “Vou acompanhar o processo representando os moradores, sem ônus para eles”, afirmou. O presidente do Ibape disse ainda que neste primeiro dia não foi possível chegar a conclusões. “Sabemos que em 1997 ocorreram casos de deslizamento de terra em dois lotes da Rua Passa Quatro, o que pode nos ajudar na hora de chegar a uma conclusão. Também precisamos ter acesso aos projetos de construção do prédio para avançar”, disse.

No início do mês, a Polícia Civil divulgou laudo apontando a Prefeitura de Belo Horizonte e os construtores como responsáveis pelo desabamento. O documento do Instituto de Criminalística se refere à ausência de uma rede de drenagem pluvial na via e nos dois blocos do edifício como causas do problema. O prédio desabou na madrugada do dia 2 de janeiro, quando a capital foi atingida por um temporal. Um homem chegou a ser retirado com vida dos escombros, mas morreu no hospital. Na época, a Defesa Civil informou que os moradores já tinham identificado problemas estruturais.


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