Dados divulgados nesta quinta-feira revelam o perfil das 138 pessoas que procuraram a Justiça interessados em adotar uma criança em Belo Horizonte no ano passado. De acordo com o relatório, apenas 3% optou por crianças negras em 2011. O estudo analisou dados desde 2006 e foi revelado que a partir daí a maior procura é por crianças brancas e a menor por negras. O levantamento foi realizado pela Coordenadoria da Infância e da Juventude (Coinj), divulgado pela Vara Cível da Infância e Juventude de Belo Horizonte. Foram feitas 247 adoções na capital em 2011.
Os números apontam ainda que a quantidade de pessoas interessadas em adotar crianças com problemas físicos recuperáveis, nos últimos três anos, dobrou em relação aos anos anteriores. Mas a maioria ainda têm preferência por crianças saudáveis.
Cerca de um terço das pessoas que se inscreveram para adotar uma criança tem preferência por bebês de até um ano de idade. Mais da metade não têm preferência de gênero, mas entre aqueles que fizeram a escolha, a opção foi por menina. Cerca de 37% revelaram interesse por brancos ou pardos.
Renda
A maior parte dos inscritos, 82%, possuíam renda entre quatro e 20 salários mínimos , sendo que 8% possuíam renda abaixo de quatro salários e 10% acima de 20 salários. O relatório revela ainda que mais de 80% das pessoas com interesse em adotar uma criança têm casa própria. A maior parte deles tem segundo grau ou superior completo.