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Estado de Minas

PBH notifica donos da mansão do medo na Savassi

Associação da Igreja Metodista tem prazo de sete dias para limpar e manter conservado casarão abandonado na Rua Rio Grande do Norte


postado em 25/05/2012 06:00 / atualizado em 25/05/2012 07:14

Imóvel está em condições degradantes, com acúmulo de lixo, fezes e urina, e se tornou esconderijo de menores de rua(foto: Guilherme Panaraiba/EM/D.A Press)
Imóvel está em condições degradantes, com acúmulo de lixo, fezes e urina, e se tornou esconderijo de menores de rua (foto: Guilherme Panaraiba/EM/D.A Press)

A Associação da Igreja Metodista, dona do casa abandonada na Rua Rio Grande do Norte, 1.022, na Região da Savassi, que estava sendo usada como ponto de apoio para menores e adultos suspeitos de cometer furtos e assaltos na área, tem prazo de sete dias para limpar o imóvel e assegurar que ele não seja mais invadido. Se não fizer isso, será multada em R$ 9.385. A mesma multa está prevista para o prédio no número 1.008, também pertencente à instituição.

A notificação foi emitida nessa quinta-feira pela Regional Centro-Sul da Prefeitura de Belo Horizonte e é a segunda encaminhada à Associação da Igreja Metodista. Em 12 de maio, na primeira autuação, a PBH estabeleceu prazo de 20 dias para que o casarão fosse mantido limpo de acordo com os parâmetros da vigilância sanitária. Se não cumprir a notificação, a multa será de R$ 1.545.

As notificações se baseiam no artigo 36 do Código de Edificações do município, que estabelece que “o proprietário da obra paralisada ou de edificação abandonada será diretamente responsável pelos danos ou prejuízos causados ao município e a terceiros em decorrência da paralisação ou abandono da mesma”. O Estado de Minas tentou entrar em contato com o pastor Wesley Gonçalves, representante da igreja, mas ele não foi encontrado. Na quarta-feira, o religioso afirmou que a casa está alugada a um grupo de empresários, que seriam os responsáveis pela segurança do imóvel.

Vazia

Nessa quinta-feira, depois da ação conjunta da Polícia Militar e do setor de assistência social da Regional Centro-Sul, a casa amanheceu trancada e vazia, sem as crianças, adolescentes e adultos que estavam vivendo no local em condições degradantes, conforme mostrou ontem o EM. O portão da frente foi colocado no lugar e uma corrente com cadeado permaneceu trancando a entrada durante todo o dia. De acordo com a PM, o local era o quartel general de um grupo de menores e adultos que praticaram vários assaltos e roubos na região, numa onda de violência que levou os moradores e comerciantes a anunciar a contratação de segurança privada para impedir os ataques.

Anteontem, na operação conjunta da PM e da PBH, 17 pessoas foram detidas, sendo 16 crianças e adolescentes e um adulto. As condições do imóvel, repleto de lixo, fezes e urina, revelaram um quadro de total abandono do local e dos moradores. Dos 17 detidos na residência, nove foram levados ao Abrigo Consolador, cinco meninas foram para o Vila Eunice e duas crianças estão sob a custódia do Conselho Tutelar. O adulto de 27 anos foi liberado, já que não havia comprovação de nenhum crime praticado por ele.
 


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