“A gente resolveu ocupar aqui para que a pressão seja maior, porque centenas de pessoas foram jogadas no olho da rua e não têm para onde irMetade das famílias fez a ocupação porque foi despejada dias antes”, afirma Leonardo Péricles, integrante do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) e um dos líderes da Eliana SilvaAinda segundo Leonardo, por volta das 22h eles deixaram o prédio da Câmara.
Segundo péricles, no começo de maio foi solicitada uma reunião com a prefeitura para discutir a situação das famílias, que à época ainda estavam sob ameaça de despejo“Eles (a PBH) não querem dialogarTrataram a situação como caso de polícia”, afirmaA ação da Polícia Militar no dia do despejo foi um dos pontos discutidos durante a audiência desta tardeOs ocupantes cobram a devolução dos pertences destruídos e recolhidos durante a ação policialO vereador Adriano Ventura (PT), que propôs a reunião, questionou a presença da tropa de choque e do Gate, o uso de cães, helicópteros e até carros blindados, como o “caveirão”, que se assemelha a um tanque de guerra
De acordo com o MLB, o terreno da Vila Sant Rita, ocupado em abril, estava ocioso há mais de 40 anos e, abandonado, não cumpria sua função social como previsto pela Constituição Federal
Conforme o Jornal Estado de Minas tem mostrado, o Projeto de Lei 1.698/11, de autoria do executivo, coloca à venda 120 terrenos da PBH, incluindo áreas verdes, lotes ocupados por empresas e até terrenos destinados à construção de moradia para população de baixa rendaEste foi um dos pontos discutidos na audiência pública“A audiência foi muito boaFicou concluído que a prefeitura precisa oferecer a garantia de um local para moradia destas famíliasPor isso estamos tentando pressionar para que isso aconteça”, ressalta Leonardo Péricles.
Nenhum representantes da prefeitura foi localizado para comentar a situação.