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Estado de Minas

Polícias Civil e Federal buscam pistas sobre morte de oficial de Justiça


postado em 30/05/2012 07:12 / atualizado em 30/05/2012 08:57

A Polícia Civil já tem indícios de que o assassinato do oficial de Justiça Daniel Norberto da Cunha, de 54 anos, não tem relação com a sua atividade profissional. O corpo dele foi encontrado na segunda-feira, em avançado estado de decomposição, dentro do próprio carro em uma avenida de Contagem, na Grande BH. Ele estava desaparecido desde quinta-feira, quando deixou o prédio da Justiça Federal, no Bairro Santo Agostinho, em BH. O laudo de necropsia que vai identificar a causa da morte ficará pronto em até 30 dias. Entretanto, informação de uma fonte das investigações revela que a vítima foi estrangulada.

A principal pista da polícia para desvendar o crime é a gravação do circuito de segurança de um banco que registrou o momento em que o carro do oficial chegou à Avenida João César de Oliveira. O Idea da vítima foi estacionado no local às 21h57. Em seguida, um homem que conduzia o veículo foi flagrado deixando o local carregando uma pasta e usando luvas cirúrgicas. O suspeito ainda não foi identificado.

A partir de agora, um quebra-cabeça começa a ser montado para refazer os últimos passos da vítima, do momento em que ele deixou o trabalho até a hora do assassinato. As ligações feitas e recebidas pelo celular dele serão rastreadas na tentativa de descobrir alguma pista. De acordo com o chefe do Departamento de Investigações, delegado Wagner Pinto de Souza, a hipótese inicial é de que Daniel tenha sido vítima de latrocínio (roubo seguido de morte). No entanto, nenhuma outra possibilidade, como vingança ou motivação passional, está descartada. A Polícia Federal vai ajudar nas investigações, analisando os 22 mandados que o oficial tinha para cumprir.

MOTIVAÇÃO

“Em razão da matéria podemos ter duas competências. Se o crime se deu em razão da atividade profissional da vitima, é da esfera federal a apuração. Mas, se a motivação for outra, o crime é comum e vai para Polícia Civil . Dessa forma, determinei instauração do inquérito, tendo em vista que existem indícios de que o crime não tenha ocorrido em decorrência da atividade profissional dele. Serão dois procedimento com troca de informações”, explica o delegada do DI.

Depois de passar por exame de necropsia durante a madrugada, o corpo de Daniel foi sepultado ontem em uma cemitério de Contagem. Oficial de Justiça há 14 anos, Daniel estava de plantão na quinta-feira, quando foi visto deixando o prédio da Justiça Federal onde trabalhava, na Avenida Álvares Cabral, no Bairro Santo Agostinho, na capital. A mulher dele contou que pouco antes do fim do expediente o oficial ligou avisando que chegaria mais tarde em casa porque iria cumprir dois mandados naquela noite, um deles no Bairro Prado, Região Oeste de Belo Horizonte, e outro em Contagem. A extensão da jornada seria uma rotina do oficial.


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