A Polícia Civil já tem indícios de que o assassinato do oficial de Justiça Daniel Norberto da Cunha, de 54 anos, não tem relação com a sua atividade profissional. O corpo dele foi encontrado na segunda-feira, em avançado estado de decomposição, dentro do próprio carro em uma avenida de Contagem, na Grande BH. Ele estava desaparecido desde quinta-feira, quando deixou o prédio da Justiça Federal, no Bairro Santo Agostinho, em BH. O laudo de necropsia que vai identificar a causa da morte ficará pronto em até 30 dias. Entretanto, informação de uma fonte das investigações revela que a vítima foi estrangulada.
A principal pista da polícia para desvendar o crime é a gravação do circuito de segurança de um banco que registrou o momento em que o carro do oficial chegou à Avenida João César de Oliveira. O Idea da vítima foi estacionado no local às 21h57. Em seguida, um homem que conduzia o veículo foi flagrado deixando o local carregando uma pasta e usando luvas cirúrgicas. O suspeito ainda não foi identificado.
MOTIVAÇÃO
“Em razão da matéria podemos ter duas competências. Se o crime se deu em razão da atividade profissional da vitima, é da esfera federal a apuração. Mas, se a motivação for outra, o crime é comum e vai para Polícia Civil . Dessa forma, determinei instauração do inquérito, tendo em vista que existem indícios de que o crime não tenha ocorrido em decorrência da atividade profissional dele. Serão dois procedimento com troca de informações”, explica o delegada do DI.
Depois de passar por exame de necropsia durante a madrugada, o corpo de Daniel foi sepultado ontem em uma cemitério de Contagem. Oficial de Justiça há 14 anos, Daniel estava de plantão na quinta-feira, quando foi visto deixando o prédio da Justiça Federal onde trabalhava, na Avenida Álvares Cabral, no Bairro Santo Agostinho, na capital. A mulher dele contou que pouco antes do fim do expediente o oficial ligou avisando que chegaria mais tarde em casa porque iria cumprir dois mandados naquela noite, um deles no Bairro Prado, Região Oeste de Belo Horizonte, e outro em Contagem. A extensão da jornada seria uma rotina do oficial.