“Eles batiam boca, mas não deu para ouvir o que discutiam, até que ela gritou ‘Me socorre, tenho neto para criar, não me deixem morrer’Tirei minha blusa de frio e comecei a bater contra as chamas do corpo delaA roupa toda estava queimando e o rosto já estava muito machucadoum motorista parou o carro, pegou um extintor e ajudou a apagar o fogoFoi tudo muito rápido, ela gritava muito, sentia muita dorParecia cena de filme”, disse o encarregado em uma empresa de logística, de 25 anos.
A testemunha conta que um frentista do posto chegou logo depois para ajudar a socorrê-la, comentando que o homem explicou que o combustível seria usado no carro de uma amigaInvestigadores da Delegacia de Atendimento à Mulher já recolheram vídeo com imagens do momento em que Giovane comprou o galão de gasolinaSelma estava com ele no posto, o que sugere que o desentendimento ocorreu depois, a caminho de casaO casal morava junto há 17 anos no Bairro Ribeiro de Abreu, Região Nordeste da capital, e segundo um dos quatro filhos de Selma, Júlio César Sales Rosa, de 24 anos, Giovane não costumava agredi-la.
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Eles brigavam como qualquer casal
VASILHA
O crime ocorreu por volta de 23h20 e Giovane fugiu a pé em direção ao Parque MunicipalO empresário P., de 30 anos, mora na Rua da Bahia e, ao chegar em casa com a mulher, viu quando o apontador jogou o combustível na mulher“Ele virou a gasolina nos cabelos e na vagina dela e a moça veio para os meus braços, pegando fogo completamente
As testemunhas chamaram a Polícia Militar e o SamuSelma não conseguia ficar em pé e os policiais forraram o chão, colocando-a deitadaPor causa dos ferimentos, eles acabaram levando-a para o hospitalO Samu chegou logo depoisNa delegacia, as testemunhas descreveram o autor como um homem negro, alto, que vestia blusa clara, calça jeans, tinha uma falha no dente e deficiência no dedo mínimo.
A chefe da Divisão Especializada de Atendimento da Mulher, do Idoso e do Portador de Deficiência da capital, delegada Margareth Rocha, disse que as equipes estão nas ruas, tentando localizar o suspeito“Não havia outra ocorrência de violência domésticaO que sabemos é que ele era viciado em jogo e a vítima foi ao Centro buscá-loA discussão aconteceu na volta para casa, porque os dois aparecem juntos nas imagens do posto”, explicou a delegada.
Memória - Moradora de rua morta no Centro
Morreu sábado no Hospital João XXIII Ermelinda Vicente, de 33 anos, que no dia anterior teve 80% do corpo queimado depois de ser atacada por seis pessoas na Avenida Santos Dumont, no Centro da capitalDe acordo com a PM, o grupo que agrediu a vítima integraria uma quadrilha de traficantes que age na área central e com que Ermelinda supostamente teria dividasEla foi agredida, amarrada e teve o corpo incendiado com uma garrafa de álcoolAs câmeras do Olho Vivo flagraram toda a açãoConforme a PM, logo após o crime o grupo tentou fugir em um táxi, mais foi detidoEntre eles estava um adolescente de 17 anos.