(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Polícia procura apontador de jogo de bicho suspeito de incendiar esposa em BH

A atendente de bar Selma Lúcia de Sales foi coberta com gasolina perto da Praça da Estação. Testemunhas contam drama da vítima, internada em estado grave


postado em 30/05/2012 07:14

A polícia ainda não tem pistas do apontador de jogo de bicho Giovane de Souza Lanna, principal suspeito de ter posto fogo na mulher, a atendente de bar Selma Lúcia de Sales, de 53 anos, em um ponto de ônibus da Avenida dos Andradas, entre as ruas Carijós e Tupinambás, no Centro de Belo Horizonte, na noite segunda-feira. A vítima está internada no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII em estado gravíssimo, com 95% do corpo queimado. Segundo testemunhas, o apontador teria comprado gasolina em um posto e atacou Selma durante uma discussão.

“Eles batiam boca, mas não deu para ouvir o que discutiam, até que ela gritou ‘Me socorre, tenho neto para criar, não me deixem morrer’. Tirei minha blusa de frio e comecei a bater contra as chamas do corpo dela. A roupa toda estava queimando e o rosto já estava muito machucado. um motorista parou o carro, pegou um extintor e ajudou a apagar o fogo. Foi tudo muito rápido, ela gritava muito, sentia muita dor. Parecia cena de filme”, disse o encarregado em uma empresa de logística, de 25 anos.

A testemunha conta que um frentista do posto chegou logo depois para ajudar a socorrê-la, comentando que o homem explicou que o combustível seria usado no carro de uma amiga. Investigadores da Delegacia de Atendimento à Mulher já recolheram vídeo com imagens do momento em que Giovane comprou o galão de gasolina. Selma estava com ele no posto, o que sugere que o desentendimento ocorreu depois, a caminho de casa. O casal morava junto há 17 anos no Bairro Ribeiro de Abreu, Região Nordeste da capital, e segundo um dos quatro filhos de Selma, Júlio César Sales Rosa, de 24 anos, Giovane não costumava agredi-la.

Eles brigavam como qualquer casal. Até costumava beber, mas ele nunca bateu nela. Não sei o que pode ter ocorrido. Minha mãe vivia com ele há muitos anos. Nas últimas semanas, ele olhava minha mãe de um jeito diferente, estava mais ciumento. Mas um irmão meu morava no andar abaixo e não percebeu nada estranho. Ele trabalha com jogo do bicho no Centro e deve ter se escondido por lá, porque não voltou mais para casa. Se Deus quiser, minha mãe vai sair dessa”, disse. Segundo o hospital, Selma passou por cirurgia e respira com a ajuda de aparelhos.

VASILHA

O crime ocorreu por volta de 23h20 e Giovane fugiu a pé em direção ao Parque Municipal. O empresário P., de 30 anos, mora na Rua da Bahia e, ao chegar em casa com a mulher, viu quando o apontador jogou o combustível na mulher. “Ele virou a gasolina nos cabelos e na vagina dela e a moça veio para os meus braços, pegando fogo completamente. Ela estava com uma roupa sintética e ele também estava bem vestido. Perguntei a ela o que houve e ela disse que ele comprou gasolina para o carro de uma amiga e que eles iam voltar para casa. Foi uma cena chocante. Não consegui dormir e nunca mais vou esquecer isso na vida”, contou o empresário.

As testemunhas chamaram a Polícia Militar e o Samu. Selma não conseguia ficar em pé e os policiais forraram o chão, colocando-a deitada. Por causa dos ferimentos, eles acabaram levando-a para o hospital. O Samu chegou logo depois. Na delegacia, as testemunhas descreveram o autor como um homem negro, alto, que vestia blusa clara, calça jeans, tinha uma falha no dente e deficiência no dedo mínimo.

A chefe da Divisão Especializada de Atendimento da Mulher, do Idoso e do Portador de Deficiência da capital, delegada Margareth Rocha, disse que as equipes estão nas ruas, tentando localizar o suspeito. “Não havia outra ocorrência de violência doméstica. O que sabemos é que ele era viciado em jogo e a vítima foi ao Centro buscá-lo. A discussão aconteceu na volta para casa, porque os dois aparecem juntos nas imagens do posto”, explicou a delegada.

Memória - Moradora de rua morta no Centro

Morreu sábado no Hospital João XXIII Ermelinda Vicente, de 33 anos, que no dia anterior teve 80% do corpo queimado depois de ser atacada por seis pessoas na Avenida Santos Dumont, no Centro da capital. De acordo com a PM, o grupo que agrediu a vítima integraria uma quadrilha de traficantes que age na área central e com que Ermelinda supostamente teria dividas. Ela foi agredida, amarrada e teve o corpo incendiado com uma garrafa de álcool. As câmeras do Olho Vivo flagraram toda a ação. Conforme a PM, logo após o crime o grupo tentou fugir em um táxi, mais foi detido. Entre eles estava um adolescente de 17 anos.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)