Primeiro, a repaginada no visual e agora uma reformulação na legislação A prefeitura publicou ontemo Decreto nº 14.917, com regras para a disposição de mesas e cadeiras nos quarteirões fechados no entorno da Praça Diogo de Vasconcelos, mais conhecida como “da Savassi”O texto adapta o Código de Posturas de Belo Horizonte, que regulamenta o uso do espaço público, para a nova realidade do reduto do charme da capitalO decreto obriga, por exemplo, bares e restaurantes a usarem guarda-sóis em todas as mesas e adianta que as casas deverão adotar um padrão de mobiliário, ainda a ser definido pela Regional Centro-SulMóveis de outro modelo serão aceitos apenas com a aprovação da Comissão de Mobiliário Urbano.
A administração municipal também abrirá chamamento aos interessados em servir os clientes ao ar livre, com o objetivo de dividir o espaço disponível entre os estabelecimentosO descumprimento das normas pode levar a multas de até R$ 6 milComo era de se esperar, as regras mal saíram do forno e já causaram divergências na Praça da SavassiEnquanto alguns frequentadores e donos de bares aprovam a padronização nos quarteirões fechados das Ruas Pernambuco e Antônio de Albuquerque, outros temem que o local se assemelhe às praças de alimentação de shoppingsTambém foram levantadas dúvidas sobre o conforto das cadeiras que serão exigidas – ao que tudo indica elas serão de madeira – e o espaço disponível para receber a mobília.
Mas, além da estética, uma das principais preocupações do decreto é garantir a disposição das mesas, sem o prejuízo dos pedestres, que têm prioridade na área, de acordo com o textoSegundo as regras, fica reservado aos pedestres duas faixas de pelo menos 1,5m cada, garantindo, no mínimo, 3m livres para a passagem de quem anda pela regiãoAs áreas das calçadas portuguesas, atualmente abarrotadas de mesas, de acesso às garagens e próximo às fontes não podem receber o mobiliário
Especificações
O receio de Rubens Batista, de 58, dono da livraria Status, na Rua Pernambuco, na esquina com Tomé de Souza, é o modelo das mesas e cadeiras que será exigido pela prefeitura “Investi R$ 12 mil nas mesas e cadeiras, feitas de alumínio e PVC Escolhi um modelo ergonômico e ouvi dizer que a prefeitura vai exigir a de madeira”, dizEle aproveita para falar de outros problemas“Não podemos colocar as mesas de dia e é preciso melhorar a segurança, pois está cheio de pedintes e ladrões”, ressalta
Chamamento público
Motivo de discussão entre os estabelecimentos, o espaço destinado a cada casa também será alvo da ação da prefeituraSerá aberto chamamento público convocando interessados em servir clientes ao ar livrePodem participar donos dos bares, restaurantes e lanchonetes situados nos quarteirões fechadosTodos terão direito a uma fração do espaço, e as regras para essa divisão ainda serão definidas pelo Executivo.