A greve dos metroviários na capital e em Contagem completa hoje 22 dias e a população que depende do transporte está irritada. A expectativa é de que a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e trabalhadores cheguem a um consenso hoje, às 14h30, em audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília. Em BH, a categoria faz assembleia às 19h30 na Praça da Estação. “A CBTU entrou com dissídio coletivo e com pedido de liminar no TST para suspensão da greve. Se não houver uma decisão favorável, o metrô pode parar totalmente na quarta-feira”, informou a presidente do Sindicato dos Metroviários de Belo Horizonte (Sindimetro), Alda Lúcia Fernandes dos Santos. Se a escala mínima de funcionamento não for cumprida, a multa diária estipulada pelo Tribunal Regional do Trabalho é de R$ 30 mil.
Com a greve, a rotina de muitos passageiros foi afetada, alguns reclamam de prejuízos financeiros e emocionais e chegam irritados ao trabalho. A cuidadora de idosos Nilza de Assis Fraga, de 56 anos, mora no Venda Nova e pega o metrô e um ônibus para chegar ao trabalho, no Bairro Serra, Centro-Sul. Ontem, ela saiu do trabalho às 14h30 e teve de esperar na Praça da Estação até 17h, quando o metrô começou a circular. “Todo dia tem sido um transtorno, na ida e na volta do trabalho, reclamou.
A operadora de telemarketing Thaíssa Nayara de Oliveira, de 20, mora em Ribeirão das Neves, na Grande BH, e usava a integração ônibus-metrô para o trabalho, no Centro de BH. “Ia de ônibus até a estação Vilarinho e lá pegava o metrô. Antes, gastava 40 minutos, agora demoro até duas horas de ônibus.” reclama.