O proprietário da Fórmula Pharma, Ricardo Luiz Portilho, foi indiciado pela Polícia Civil por homicídio culposo (quando não há intensão de matar), lesão corporal culposa combinados com adulteração de medicamentos. A farmacêutica da empresa, Anne Pinheiro Nascimento Souza, e o técnico Missias Ornelas também foram indiciados pelos mesmos crimes. O indiciamento acontece seis meses depois de confirmadas as mortes de 10 pessoas em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri. Todas as vítimas fizeram uso do medicamento Secnidazol 500mg produzido pela empresa farmacêutica.
A primeira morte em decorência do medicamento adulterado ocorreu em 20 de novembro do ano passado. O caso começou a ser investigado pela Secretaria de Estado da Saúde no dia 1º de dezembro, quando havia a suspeita de oito mortes. Segundo a Polícia Civil, ficou comprovada a morte em decorrência do uso do medicamento da Fórmula Pharma de seis pessoas: Madalena Barbosa de Souza, Edival José Ferreira, Sílvia Cátia Marinho, Deolina Silva de Almeida, Levino Rodrigues Carvalho e Maria Lúcia de Souza. Entretanto, outras quatro mortes ainda são investigadas, embora a SES tenha relacionado estes quatro óbitos ao número de vítimas. Além dos mortos, um casal sofreu lesões depois de ingerir o medicamento.
Como parte das investigações, os corpos das vítimas chegaram a ser exumados. À época, a defesa da empresa chegou a alegar que a Fórmula Pharma pudesse ter sido vítima de alguma sabotagem.
A investigação acerca das outras quatro mortes segue conduzida pela Delegacia de Novo Cruzeiro.