Rosângela, baleada na cabeça, e uma filha, Raíssa Alves de Lima, de 13, atingida nas costas, morreram na horaR.A.L, de 15, com ferimento no peito está internada no Hospital Risoleta Neves, em Venda NovaO crime aconteceu no sítio onde a família morava, por volta das 19h30, no Bairro Granja Primaveras, em Ribeirão das Neves, na Grande BH.
O cabo fugiu e a suspeita é de que ele tenha atirado na mulher e nas duas filhas com um revólver calibre 38, de uso particular, registrado no nome deleA arma também não foi encontrada.
No momento dos tiros também estavam na propriedade as outras duas filhas do casal, de 8 e 11 anos, a sobrinha de Rosângela, T.L.A.F., de 21 anos, e os dois filhos da jovem, um bebê de 5 meses e uma menina de 2 anosA testemunha pegou as quatro crianças, correu para a mata próxima e pelo celular ligou para parentes e para a Polícia Militar“Ela chorava desesperada, dizendo que o Marcos estava atirando na tia e que ela estava escondida em um matagal com os filhos e as primas mais novasEla pediu para a gente ir ajudarLigamos para o 190 e corremos para o sítio”, contou Ronilda Alves Ferreira, 41, irmã de Rosângela e mãe de T.L.A.F.
A testemunha informou à PM que os tios começaram a brigar por causa de uma conta telefônica de R$ 120 e que durante a discussão o militar levou Rosângela para o quarto e começou a espancá-la
Apesar de o cabo manter relacionamento de 19 anos com Rosângela, os familiares dela informaram que ele era casado com outra mulher e teria várias outras amantes“Pelo que sabemos, o Marcos tem pelo menos 11 filhos, quatro do casamento, quatro com a Rosângela e três com mulheres diferentes”, contou Ronilda.
A mãe de Rosângela, Luzia Filomena Alves Ferreria, de 64, disse que quando eles chegaram à propriedade, o genro já havia fugidoLuzia contou ainda que o militar se comportava de um jeito quando estava na frente dela e de outro, muito diferente, quando estava só com a mulher e as filhas“Ele tinha duas carasMinha filha era muito reservada, discreta, mas sei que ela apanhava do marido e também sei que ele batia nas minhas netasAs meninas contavam que ele era violento e agressivo”, informou.
Lima trabalha no 34º BPMDe acordo com o comandante da unidade, tenente-coronel Idzel Fagundes, o policial está na corporação há 16 anos e há sete trabalha na guarda do quartel
Foi aberto processo administrativo para levantar as circunstâncias do crime que o policial irá responder na Justiça comumA corporação também vai aguardar sete dias para que o suspeito se apresente, ou então será considerado desertor e responderá também na Justiça Militar.