A estátua do Cristo Redentor do Bairro Milionários, na Região do Barreiro, foi alvo de vândalos na madrugada desta terça-feiraDe acordo com a Polícia Militar (PM), guardas municipais que faziam patrulhamento pelo local onde obra está instalada flagraram dois homens em uma escada pichando os dizeres “Ronadinho (sic) 49”, em uma possível referência ao jogador Ronaldinho Gaúcho, recém-contratado pelo Atlético e o número de sua camisa
Conforme o guarda municipal Rubens Aparecido Real, como estavam no alto, os pichadores viram a aproximação da viatura primeiro, quando começavam a desenhar o escudo do time na frente da estátua, e conseguiram fugirAs latas de spray foram jogadas em um matagal nas proximidades da praça, mas a escuridão do local impossibilitou que o material fosse encontrado
Ele conta que os guardas encontraram um Peugeot vermelho com uma escada semelhante à que foi usada pelos autoresO equipamento e o chaveiro do veículo têm um símbolo semelhante ao que foi pichado abaixo do número do jogador Um dos suspeitos foi preso cerca de duas horas depois do crime
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Conforme o guarda municipal Leandro, que também acompanhou a ocorrência, o pichador inicialmente se identificou como Willy César Azevedo mas, após o depoimento, eles descobriram que seu verdadeiro nome é Michael Antônio, também chamado de “Costa”, conhecido por ter dito que “picharia BH inteira”Ainda segundo o guarda, ele tem passagens pela polícia por uso de documentação falsa, saidinhas de banco e era foragido.
Os crime de pichação na capital são investigados pela 2ª Delegacia da Divisão de Proteção de Meio Ambiente e preocupam pela grande frequencia
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A estátua do Cristo Redentor foi construída em 1956 no alto do Bairro Milionários, idealizada pelo imigrante italiano Caetano Pirri, e tem 11,8 metrosA praça onde fica o monumento é conhecida por festas que reúnem centenas de pessoas, mas também uma área marcada pela criminalidade
Contra pichações
A grande dificuldade para combater os pichadores na capital é a conscientização de que o vandalismo é um crime contra o patrimônio da cidadeMuitas iniciativas tentam mostrar ao criminosos que cuidar da cidade é uma questão de educaçãoO Projeto Lei 2155/2012 que tramita na Câmara de Belo Horizonte quer melhorar a Política Municipal Antipichação incluindo a tecnologia como arma contra a sujeira deixada pelos vândalos na capitalO texto propõe o uso de tintas especiais cujas propriedades fisico-químicas possibilitam a recuperação apenas com uma simples limpeza, usando água e sabão.
O PL propõe diretrizes para a recuperação do patrimônio público, acrescentando dispositivos à Lei 10.059/10Em vigor desde 2010, a lei instituiu em BH a Política Municipal AntipichaçãoA regra prevê a promoção de campanhas culturais e educativas, intensificação da fiscalização do cumprimento da legislação que já proíbe a pichação no âmbito do município, restrição da comercialização de tintas spray, além do desenvolvimento de estratégias de combate à pichação.
(com informações de Karina Novy)