Jornal Estado de Minas

Polícia tentar juntar provas para pedir prisão de cabo acusado de matar a mulher e a filha

Delegado responsável pelo caso ouve testemunhas para levantar a vida pregressa do militar

João Henrique do Vale
O delegado Marcio Rocha, da Delegacia de Homicídios de Ribeirão das Neves, na Grande BH, tenta juntar provas suficientes para pedir a prisão preventiva do cabo da PM, Marcos Antônio Alves de Lima, de 45 anos, acusado de matar a tiros no domingo a mulher, Rosângela Alves Ferreira, de 40, e uma filha, Raíssa Alves de Lima, de 13
O militar se entregou na noite dessa terça-feira à polícia e chegou a confessar o crimeApós prestar depoimento, foi liberado, já que o tempo de flagrante, que é de 48 horas, havia se passado e não tinha nenhum pedido de prisão contra ele

“Estamos colhendo o máximo de elementos possíveis para pedir a prisãoApenas com a confissão dele o pedido é muito frágil e isso pode ser negado pela Justiça”, explica o delegadoDesde a noite de terça-feira, Márcio Rocha já começou a levantar a vida pregressa do acusado“Já ouvi um parente ontem (terça-feira) e hoje (quarta-feira) vou ouvir mais duas pessoasQuero saber qual era o comportamento dele perante as vítimas”, disse

Com os depoimentos já colhidos, o delegado afirma que já dá para perceber que o militar era muito violento com as vítimas“Já havia discussões e agressões com a mulher e as filhas há algum tempo”, comentouA polícia também espera a melhora do estado de saúde da outra filha do militar, R.A.L, de 15, que também foi baleada no peito e segue internada no Hospital Risoleta Neves, em Venda Nova
Ela será a principal testemunha

Volta ao trabalho

O comandante do 34º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Idzel Fagundes, afirmou que o cabo era esperado para trabalhar nesta quarta-feira, porém ele não compareceu ao serviço“Esse foi o quarto dia de falta seguido deleCom cada falta ele vai cometendo transgressão disciplinarSe chegar no oitavo dia ele vai passar a ser desertor”, explicou o militar

De acordo com Fagundes, caso o cabo apareça no batalhão ele vai fazer um serviço diferente ao que está acostumado “O cabo trabalhava internamente na guarda do quartelMas quando voltar não vai fazer mais issoVou mudar a função dele”, disse