Trabalhadores do sistema de saúde de Minas Gerais entram em greve por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira. Nesta manhã, eles participam de uma manifestação na porta do Hospital João XXIII, no Bairro Santa Efigênia, Região Leste de Belo Horizonte.
De acordo com o coordenador do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde), Renato Barros, enfermeiros e técnicos dos 22 hospitais da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) aderiram ao movimento, além dos hemocentros. Durante a greve, o atendimento nas instituições será feito em escala mínima (30% do efetivo) com prioridade para os casos de urgência. Os médicos atendem normalmente.
Os trabalhadores exigem reajuste salarial igual para todos os profissionais da saúde, revisão do plano de carreira, pagamento de direitos trabalhistas a quem tem direito, mais investimento na saúde e redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais para todos sem redução salarial.
Segundo Barros, houve uma reunião com o governo na quarta-feira, mas o Executivo não teria apresentado propostas concretas em relação às reivindicações da categoria. “A responsabilidade desta greve está nas mãos do governo estadual. Se não houver uma negociação séria, os trabalhadores vão continuar a greve. O fim dela está nas mãos do governo”, afirma. Ainda de acordo com o sindicato, trabalhadores de Patos de Minas e Barbacena devem vir para Belo Horizonte em caravana para participar da assembleia da categoria, que vai se reunir no pátio da Asssembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Às 10h30, os trabalhadores que participam da manifestação seguirão para o local.
De acordo com a BHTrans, o percurso informado pelos manifestantes é Avenida Alfredo Balena, Avenida Carandaí, Rua Guajajaras, Avenida Álvares Cabral e Praça da Assembleia. O trânsito ficou muito complicado na região hospital com reflexos até no viaduto da Avenida Francisco Sales. A Avenida Afonso Pena também ficou muito congestionada nos dois sentidos.