O Sindicato dos Empregados em Empresas de Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG) distribui, na manhã desta sexta-feira, em Belo Horizonte, uma carta aberta à população a respeito da greve da categoria, que completou um mês nesta semana. No documento, os trabalhadores reforçam a reivindicação do reajuste salarial e também de melhorias nos trens e nas estações. “(....) pedimos desculpas a toda a população pelos transtornos que possamos estar causando com nosso movimento. Acreditamos que em breve conseguiremos conquistar nossas reivindicações, retomando o funcionamento normal do Metrô”, diz carta.
À tarde, haverá mais uma audiência de conciliação com o Tribunal Superior do Trabalho (TST) em Brasília (DF). Em Belo Horizonte, os metroviários realizarão uma assembleia geral à noite, na Praça da Estação, no Centro, para apresentar o resultado da audiência. Na última quarta-feira, os metroviários decidiram prosseguir trabalhando em escala mínima para tentar o reajuste. A categoria cogitou paralisar totalmente os serviços a partir de quinta-feira, mas a proposta foi negada.
Na ocasião, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) manteve a oferta de ajuste de 2%, não aceita pelos metroviários, que querem no mínimo 5% de aumento, que é o percentual da inflação acumulada no período. O Sindimetro-MG propôs à CBTU a volta ao trabalho, desde que as catracas fossem liberadas, com acesso gratuito para os usuários, o que a empresa não aceitou.
A CBTU informou que desde o dia 31 de maio foi instaurado Dissídio Coletivo entre a empresa e no Tribunal Superior do Trabalho (TST), com julgamento previsto para agosto. Segundo a Companhia, em razão de não ter havido acordo entre as partes, por enquanto o Metrô de BH continuará cumprindo escala especial de atendimento determinada pelo Tribunal Regional do Trabalho e mantida pelo TST. Com isso, o horário de circulação do metrô permanece de 5h20 às 8h30 e de 17h às 19h30 nos dias úteis, e de 5h30 às 9h aos sábados. Aos domingos, as estações ficam fechadas.