Novamente a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e os sindicatos dos metroviários e ferroviários do país, que estão em greve, não entraram em acordo em mais uma audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília. Depois da sessão, na noite desta sexta-feira, os trabalhadores de Belo Horizonte, que estão parados há 32 dias, se reuniram na Praça da Estação e decidiram permanecer com a paralisação.
A Companhia mantém a oferta de ajuste de 2%. Os metroviários querem no mínimo 5% de aumento, que é o percentual da inflação acumulada no período. Como não houve acordo, o dissídio deve ser julgado na próxima semana, de acordo com o ministro.
Na assembleia realizada na capital mineira, a categoria decidiu aguardar até a próxima semana, mantendo a paralisação com escala mínima. Caso a Justiça julgue o dissídio coletivo, a greve será suspensa imediatamente.
Carta aberta
Nesta sexta-feira, o Sindicato dos Empregados em Empresas de Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG) distribuiu, em Belo Horizonte, uma carta aberta à população a respeito da greve da categoria. No documento, os trabalhadores reforçam a reivindicação do reajuste salarial e também de melhorias nos trens e nas estações. “(....) pedimos desculpas a toda a população pelos transtornos que possamos estar causando com nosso movimento. Acreditamos que em breve conseguiremos conquistar nossas reivindicações, retomando o funcionamento normal do Metrô”, diz carta.