Em um estado por onde se espalham quase 700 mineradoras, pedreiras e outras empresas que armazenam explosivos, e no qual se estima haver mais de uma tonelada de dinamite nas mãos de criminosos, ataques a caixas eletrônicos transformaram-se em um negócio de varejo, o que dificulta a investigação das grandes quadrilhas. Aproveitando-se da cortina de fumaça erguida pelos pequenos ladrões, organizações criminosas continuam desafiando a polícia, que diz ter identificado 18 dos chamados “peixes grandes”, mas que conseguiu pôr apenas oito atrás das grades.
Comparando os três primeiros meses de 2011 com o mesmo período de 2012, os números de ataques às agências e máquinas de autoatendimento passaram de 34 para 73 no estado, um aumento de 115%. De janeiro a maio deste ano, segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), foram 127 caixas eletrônicos destruídos com explosivos ou arrombados com pés de cabra e maçaricos. Somente no mês passado foram 26 terminais destruídos, mas junho já começou quente, com 13 crimes em 15 dias, totalizando até sexta-feira 140 ocorrências, ou um ataque a cada 28 horas no estado.
Levantamento da Polícia Civil revela que assaltantes estão migrando da saidinha de banco (que caiu 6,9% na capital nos quatro primeiros meses do ano, mas que rendeu R$ 1,5 milhão aos bandidos, segundo a PM) para a explosão de caixas. “É um crime que está acontecendo no Brasil inteiro. À medida que vão sendo divulgados os ataques, mais pessoas fazem”, diz o chefe da Divisão de Operações Especiais (Deoesp), delegado Vicente Ferreira Guilherme.
No início da onda de ataques, observa o policial, os bandidos usavam certa quantidade de dinamite e conseguiam o objetivo de abrir os terminais, mas o crime se “popularizou” tanto que ladrões sem experiência em explosivos mandam tudo pelos ares e acabam não levando nada. “O ladrão acha que está fácil, vai lá e faz. Nem todos esses caixas foram atacados por pessoas que sabiam usar dinamite, tanto que a maioria dos ambientes foram destruídos sem que eles conseguissem levar o dinheiro”, disse. Em outros casos, segundo o delegado, assaltantes tentaram abrir o caixa com ferramentas como picaretas. “Acham que é como quebrar um porquinho de guardar moedas”, conta.
O comércio reagiu como podia à explosão de ataques: supermercados, lojas e farmácias começam a romper acordos com bancos e exigir a retirada das máquinas de autoatendimento, temendo prejuízos com as explosões e ameaças a clientes e funcionários. O delegado Vicente explica que é mais fácil para o ladrão atacar um ponto comercial do que um banco. “O que era um atrativo para os donos de farmácias e supermercados virou um perigo”, disse o policial.
A primeira iniciativa da Polícia Civil para conter a onda de ataques foi pedir apoio ao Exército e à Polícia Federal para rastrear a origem dos explosivos. O foco são mineradoras e pedreiras que têm autorização para comprar os produtos controlados. Delas estaria saindo a principal “ferramenta” dos assaltantes, que, com as explosões, acabam obrigando os investigadores a apurar os roubos de dinheiro e também da dinamite.
Câmeras de segurança flagraram os bandidos em ação em diferentes cidades mineiras. Veja:
Comparando os três primeiros meses de 2011 com o mesmo período de 2012, os números de ataques às agências e máquinas de autoatendimento passaram de 34 para 73 no estado, um aumento de 115%. De janeiro a maio deste ano, segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), foram 127 caixas eletrônicos destruídos com explosivos ou arrombados com pés de cabra e maçaricos. Somente no mês passado foram 26 terminais destruídos, mas junho já começou quente, com 13 crimes em 15 dias, totalizando até sexta-feira 140 ocorrências, ou um ataque a cada 28 horas no estado.
Levantamento da Polícia Civil revela que assaltantes estão migrando da saidinha de banco (que caiu 6,9% na capital nos quatro primeiros meses do ano, mas que rendeu R$ 1,5 milhão aos bandidos, segundo a PM) para a explosão de caixas. “É um crime que está acontecendo no Brasil inteiro. À medida que vão sendo divulgados os ataques, mais pessoas fazem”, diz o chefe da Divisão de Operações Especiais (Deoesp), delegado Vicente Ferreira Guilherme.
No início da onda de ataques, observa o policial, os bandidos usavam certa quantidade de dinamite e conseguiam o objetivo de abrir os terminais, mas o crime se “popularizou” tanto que ladrões sem experiência em explosivos mandam tudo pelos ares e acabam não levando nada. “O ladrão acha que está fácil, vai lá e faz. Nem todos esses caixas foram atacados por pessoas que sabiam usar dinamite, tanto que a maioria dos ambientes foram destruídos sem que eles conseguissem levar o dinheiro”, disse. Em outros casos, segundo o delegado, assaltantes tentaram abrir o caixa com ferramentas como picaretas. “Acham que é como quebrar um porquinho de guardar moedas”, conta.
O comércio reagiu como podia à explosão de ataques: supermercados, lojas e farmácias começam a romper acordos com bancos e exigir a retirada das máquinas de autoatendimento, temendo prejuízos com as explosões e ameaças a clientes e funcionários. O delegado Vicente explica que é mais fácil para o ladrão atacar um ponto comercial do que um banco. “O que era um atrativo para os donos de farmácias e supermercados virou um perigo”, disse o policial.
A primeira iniciativa da Polícia Civil para conter a onda de ataques foi pedir apoio ao Exército e à Polícia Federal para rastrear a origem dos explosivos. O foco são mineradoras e pedreiras que têm autorização para comprar os produtos controlados. Delas estaria saindo a principal “ferramenta” dos assaltantes, que, com as explosões, acabam obrigando os investigadores a apurar os roubos de dinheiro e também da dinamite.
Câmeras de segurança flagraram os bandidos em ação em diferentes cidades mineiras. Veja: