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Estado de Minas

Polícia Civil tenta identificar pai de bebê encontrado sem cabeça no Sul de Minas

Mãe da criança teria visto o homem pela última vez em setembro do ano passado. Ao ser localizado, ele será submetido ao teste de DNA para verificar a paternidade.


postado em 19/06/2012 09:34

Agentes da Polícia Civil de Carmo da Cachoeira, no Sul de Minas, fazem diligências na manhã desta terça-feira para tentar identificar o pai do bebê encontrado sem cabeça no último fim de semana.

A mãe da criança, de 18 anos, vai passar por exames psicológicos para verificar se sofre de depressão pós-parto. O delegado responsável pelo caso, Antônio Carlos Buttignon, está tentando marcar uma consulta para a jovem ainda nesta terça.

Segundo o delegado, ela contou que viu o suposto pai da criança pela última vez em setembro do ano passado e ele não sabia que ela estava grávida. Ao ser localizado, o homem será submetido ao teste de DNA para verificar a paternidade.

O corpo do recém-nascido foi encontrado na tarde de sexta-feira, no Bairro São Marcos, na Zona Rural da cidade. Uma garota de 8 anos estava em casa quando foi procurar seu cachorro. Ao avistar o animal, percebeu que ele estava com a cabeça de uma criança na boca. Assustada, voltou correndo para a residência e chamou o avô, que acionou a polícia e o Conselho Tutelar da cidade. Quando os militares chegaram ao local, acharam o tronco da criança.

A mãe do bebê foi encontrada horas depois do crime, após a polícia fazer um levantamento das mulheres grávidas da região. “Ela nega o crime. A mulher disse que deu à luz e que a criança nasceu sem vida. Por causa disso, colocou o corpo dentro de uma sacolinha e pendurou em um local no fundo do quintal na parte da manhã. Na hora do almoço, ela foi ver se o bebê ainda estava vivo, mas disse que não o encontrou mais lá”, disse o delegado. A versão da jovem não convenceu o delegado. “ Na própria fala, ela disse que ninguém chegou na casa. Para chegar no local onde ela pendurou a sacola as pessoas, necessariamente, teriam que passar dentro da casa”, explica Buttignon.

No dia do crime, houve a suspeita de que um animal também poderia ter arrancado a cabeça do bebê.  Contudo, a perícia descartou a possibilidade e apontou que houve uso de objeto cortante. Nesta segunda-feira, policiais vão até a casa da mulher para encontrar a possível faca usada no crime e uma roupa, que a suspeita disse estar suja de sangue. A polícia ainda tem cautela com as investigações.

(com informações de João Henrique do Vale)


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