Jornal Estado de Minas

Caixas eletrônicos são explodidos em posto de gasolina na Avenida Cristiano Machado

Cinco bandidos fizeram clientes e frentistas reféns para destruir as máquina do Bradesco. Eles conseguiram levar dinheiro e fugiram de carro

Luana Cruz, Paulo Filgueiras, Cristiane Silva, Daniel Camargos, Mateus Parreiras, Pedro Rocha Franco, Luciane Evans, Leandro Couri Andréa Silva

- Foto: Paulo Filgueiras/EM DA Press


Dois caixas eletrônicos foram explodidos na madrugada desta quinta-feira, no Bairro Dona Clara, na Região da Pampulha em Belo HorizonteCinco bandidos encapuzados e fortemente armados invadiram um posto de combustíveis na esquina das avenidas Cristiano Machado com Sebastião de BritoEles renderam os dois frentistas e cinco clientes que abasteciam nas bombasAs vítimas foram mantidas reféns durante a ação criminosaFicaram presos dentro de uma sala onde funciona um posto de apoio da Polícia Militar (PM), mas não havia policiais no local

Os criminosos instalaram os explosivos e detonaram duas máquinas do Banco BradescoOs homens conseguiram levar cerca de R$ 8,5 mil e fugiram em um Fiat Idea prataSegundo a PM, o carro usado pelo grupo foi encontrado, mas ninguém está preso

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Uma média de 25 ataques a caixas eletrônicos por mês – quase um por dia – foi registrada este ano em Minas Gerais, no período de janeiro a maioSegundo levantamento da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), foram 127 assaltos desse tipo no período, sendo que em 61 casos os bandidos conseguiram levar dinheiro

Caixa resistente à dinamite

Com o aumento dos roubos de caixas eletrônicos, as empresas que fabricam esses terminais resolveram investir em um aparelho resistente à dinamite

A Diebold, fabricante desses caixas, e a TecBan, que administra a rede Banco24Horas, apresentaram ontem o ATM Seguro, projeto que vem sendo desenvolvido há 12 meses e que chega ao mercado em outubro

Por fora, o terminal eletrônico não tem nenhuma diferença em comparação a um caixa tradicionalMas o produto teve mudanças internas e mesmo com explosão de dinamites, a caixa onde fica o dinheiro não é destruídaAlém disso, as notas vão ficar manchadas"O objetivo é desencorajar os bandidos", disse o diretor de Marketing e Vendas da Diebold, Carlos BenedettoA tinta que mancha as notas não sai nem com água nem com solventes

O executivo conta que o desenvolvimento do terminal levou em conta os conceitos da física, como a teoria da dissipação de energia produzida no momento da explosãoEm um caixa tradicional, a porta do terminal sempre é a primeira a explodir e os ladrões têm acesso ao cofreAgora, as ondas são direcionadas para o topo do terminal"Como não é possível impedir a onda de ataques a caixas eletrônicos, nosso foco foi criar uma forma de proteger o dinheiro", destacou Matheus Marcondes Neto, também da Diebold


O cofre também é resistente a outras técnicas usadas pelos bandidos, como maçaricos e furadeirasO Brasil tem atualmente 180 mil caixas eletrônicosO produto foi apresentado no Ciab, o congresso de tecnologia bancária promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban)