A Polícia Militar vai implantar um novo plano de policiamento nas principais vias de ligação entre regiões de Belo Horizonte. Até agosto, serão criados 48 corredores de segurança, locais onde a presença de viaturas e militares será percebida 24 horas por dia. De acordo com o coronel Rogério Andrade, chefe do Comando do Policiamento da Capital (CPC), a estratégia e criar áreas de referência de proteção em várias partes da cidade.
Os chamados corredores de segurança não foram divulgados pela PM, mas já estão definidos, conforme o coronel Rogério Andrade. Ele adianta que a intenção é mostrar a presença da polícia nesses locais, sem causar prejuízo à segurança de outras regiões da cidade. “Queremos a referência de polícia percebida. É uma operação de visibilidade”, explica.
Rogério garante que o novo modelo de policiamento não vai engessar a polícia. De acordo com o militar, o policiamento será feito ao longo das vias e em horários alternados – as pessoas que passarem por eles poderão ser abordadas para garantir a efetividade da ação. O comandante ressalta que a medida não vai diminuir ações em outros pontos. “Esses locais são para as pessoas conhecerem mesmo. Quando forem sair vamos indicar que usem esses caminhos, medida que vai garantir mais segurança para taxistas, evitar sequestros relâmpagos e roubos a ônibus”.
CIDADE DIVIDIDA
Duas outras medidas de segurança também devem entrar em prática no próximo semestre. A primeira será a redivisão da cidade em 95 áreas de segurança, cada uma delas comandada por um tenente. Como BH tem cerca de 500 bairros, cada oficial ficará responsável pelas estratégias de quatro a cinco bairros. Atualmente, a capital é dividida em 24 áreas de monitoramento. A segunda é que todas as unidades policiais da capita, entre batalhões e companhias da PM, serão equipadas com sistema de iluminação semelhante ao usados nas viaturas – giroflex vermelhos serão instalados para facilitar a identificação dos locais.
SAIDINHAS DE BANCO
O coronel Rogério Andrade também divulgou ontem os recentes números das saidinhas de banco em BH: em maio foram registrados 67 casos. No ano, o acumulado chega a 392 ocorrências. Mais de R$ 1,9 milhões foram levados por assaltantes. Entrevistas com as vítimas do crime começaram a ser feitas para ajudar a traçar estratégias de combate.