Minas Gerais registrou a sétima morte por gripe suína em 2012. Uma adolescente de 15 anos morreu em Pouso Alegre, no Sul de Minas. Ela estava internada no Hospital Samuel Libanês desde 2 de junho, com sintomas de contaminação por influenza A (H1N1), e morreu no dia 23, com insuficiência respiratória e pneumonia agravados pelo vírus. Segundo a assessoria do hospital, a Fundação Ezequiel Dias (Funed) comprovou o diagnóstico da gripe nessa segunda-feira. Na tarde desta terça-feira, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que recebeu a notificação e confirmou o óbito. Inicialmente a SES, havia dito que desconhecia o caso.
A jovem é de São Gonçalo de Sapucaí, também no Sul de Minas. Além dela, outra adolescente de 16 anos está internada em estado grave no Centro de Terapia Intensiva (CTI) desse mesmo hospital, com suspeita da doença.
No Brasil já foram confirmados 449 casos com 51 mortes pelo vírus. O número de mortes já é quase o dobro do que o ano passado, quando 27 pessoas perderam a vida por causa da doença. Em 2010 foram 113 óbitos, e em 2009, quando teve a pandemia do H1N1, foram 2.060.
Das cinco mortes já confirmadas aconteceram em várias regiões. Uma pessoa morreu em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, outra em Minas Novas, Vale do Mucuri, um casal em Pedrinópolis e uma mulher em Coromandel, ambas cidades do Alto Paranaíba. A maioria das mortes foi registrada em pessoas com idades entre 40 e 59 anos. Um outro caso foi confirmado pela SES, porém, a cidade onde aconteceu o óbito não foi informada. Em 2011, foram constatados quatro óbitos no Estado e o recorde aconteceu no período de epidemia da doença em 2009, quando 217 pessoas morreram.
A gripe suína é uma infecção viral que afeta principalmente as vias aéreas superiores e, ocasionalmente, as inferiores. São conhecidos três tipos de vírus da influenza: A B e C. Esses vírus são altamente transmissíveis e podem sofrer mutações. O tipo A é o mais mutável. O medicamento para a gripe está disponível em serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). Quase todos os pacientes que morreram em Minas apresentaram febre, tosse, dispnéia (falta de ar).