A Polícia Civil de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, já encaminhou à Justiça o inquérito sobre as o triplo homicídio de três trabalhadores sem terra ocorrido em março no distrito de Mariporanga. Na última quarta-feira, foi feita a reconstituição das execuções de Valdir Dias Ferreira, de 39 anos, Milton Santos Nunes da Silva, de 52, e Clestina Leonor Sales Nunes, de 48.
Participaram da reprodução dos homicídios Rodrigo Cardoso Fric, o “Gauchinho”, de 25 anos, acusado de atirar contra as vítimas, e Rafael Henrique Cardoso, de 24, apontado com o motorista que o levou até o local.
De acordo com o delegado Helder Paulo Carneiro, a reconstituição serviu para verificar o papel de cada um deles durante a execução, analisar a dinâmica do triplo homicídio e esclarecer as dúvidas que restavam. Ainda de acordo com ele, o motivo das mortes foi vingança, pois os autores pensavam que Clestina teria os denunciado por tráfico de drogas. A mulher era coordenadora do Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST).
José Alves de Sousa, 52 anos, o “Zé Roleta”, Roberto Xavier Dantas, 44 anos apontados como mandantes, continuam no Presídio Professor Jacy de Assis. Eles não participaram da simulação porque foi feita somente a reconstituição das mortes.
Conforme a PC, o delegado informou que eles e os outros dois foram indiciados pelo triplo homicídio. Já Rogério Carvalho Lucas, 29 anos, que ocultou o carro dos autores, foi indiciado por formação de quadrilha.
Entenda o caso
No dia 24 de março, o carro das vítimas foi emboscado na estrada de Campo Florido (MGC-455), no distrito de Miraporanga, a 40 quilômetros de Uberlândia. As vítimas foram assassinadas com tiros na cabeça. O neto de Milton e Clestina, um menino de 5 anos, sobreviveu à execução. Ele foi abandonado pelos criminosos em estado de choque e passou a vagar perdido pela estrada. Ele foi encontrado pelas primeiras testemunhas do crime.
Segundo a polícia, um dia antes do crime, Rodrigo e um comparsa foram até o assentamento e se passaram por pessoas interessadas em ingressar no movimento MLST e também na aquisição de um lote. Para tanto, participaram inclusive de um jantar com uma das vítimas, dormiram no local e colheram informações sobre a rotina dos líderes.
No dia seguinte, Rodrigo e o comparsa saíram de carro alegando que precisariam trocar um dos pneus do veículo e esperaram na estrada de chão onde passaria o carro das vítimas. Por volta das 9h, quando os sem-terra passaram, o veículo bloqueou a passagem, Rodrigo desceu e atirou no três integrantes do MLST.
Ficha Criminal
Em 2009, a polícia apreendeu cerca de 300 quilos de maconha proveniente do Mato Grosso, próximo à região do assentamento no Triângulo Mineiro. Os responsáveis pela droga eram um homem conhecido como Zé Roleta e Rodrigo. Os dois acreditavam que as vítimas teriam denunciado o local de tráfico aos policiais e, por isso, planejaram a chacina. O executor recebeu cerca de R$ 7 mil para matar.
Participaram da reprodução dos homicídios Rodrigo Cardoso Fric, o “Gauchinho”, de 25 anos, acusado de atirar contra as vítimas, e Rafael Henrique Cardoso, de 24, apontado com o motorista que o levou até o local.
De acordo com o delegado Helder Paulo Carneiro, a reconstituição serviu para verificar o papel de cada um deles durante a execução, analisar a dinâmica do triplo homicídio e esclarecer as dúvidas que restavam. Ainda de acordo com ele, o motivo das mortes foi vingança, pois os autores pensavam que Clestina teria os denunciado por tráfico de drogas. A mulher era coordenadora do Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST).
José Alves de Sousa, 52 anos, o “Zé Roleta”, Roberto Xavier Dantas, 44 anos apontados como mandantes, continuam no Presídio Professor Jacy de Assis. Eles não participaram da simulação porque foi feita somente a reconstituição das mortes.
Conforme a PC, o delegado informou que eles e os outros dois foram indiciados pelo triplo homicídio. Já Rogério Carvalho Lucas, 29 anos, que ocultou o carro dos autores, foi indiciado por formação de quadrilha.
Entenda o caso
No dia 24 de março, o carro das vítimas foi emboscado na estrada de Campo Florido (MGC-455), no distrito de Miraporanga, a 40 quilômetros de Uberlândia. As vítimas foram assassinadas com tiros na cabeça. O neto de Milton e Clestina, um menino de 5 anos, sobreviveu à execução. Ele foi abandonado pelos criminosos em estado de choque e passou a vagar perdido pela estrada. Ele foi encontrado pelas primeiras testemunhas do crime.
Segundo a polícia, um dia antes do crime, Rodrigo e um comparsa foram até o assentamento e se passaram por pessoas interessadas em ingressar no movimento MLST e também na aquisição de um lote. Para tanto, participaram inclusive de um jantar com uma das vítimas, dormiram no local e colheram informações sobre a rotina dos líderes.
No dia seguinte, Rodrigo e o comparsa saíram de carro alegando que precisariam trocar um dos pneus do veículo e esperaram na estrada de chão onde passaria o carro das vítimas. Por volta das 9h, quando os sem-terra passaram, o veículo bloqueou a passagem, Rodrigo desceu e atirou no três integrantes do MLST.
Ficha Criminal
Em 2009, a polícia apreendeu cerca de 300 quilos de maconha proveniente do Mato Grosso, próximo à região do assentamento no Triângulo Mineiro. Os responsáveis pela droga eram um homem conhecido como Zé Roleta e Rodrigo. Os dois acreditavam que as vítimas teriam denunciado o local de tráfico aos policiais e, por isso, planejaram a chacina. O executor recebeu cerca de R$ 7 mil para matar.