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Estado de Minas

Justiça exige que sindicato dos funcionários da saúde de MG cumpra escala em hospitais

Estado entrou com ação civil coletiva contra sindicato. O descumprimento da decisão vai resultar no pagamento de uma multa diária de R$ 50 mil.


postado em 06/07/2012 13:36

A Justiça de Minas deferiu, liminarmente, o pedido do Estado para que o Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde (Sind-Saúde) preste atendimento aos chamados serviços indispensáveis e às necessidades inadiáveis. Os servidores da saúde estão em greve desde de 14 de junho.

Segundo a decisão do desembargador Eduardo Andrade, da 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o sindicato deverá garantir as seguintes escalas: 100% do quadro de pessoal nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e nos Centros de Tratamento Intensivo, 100% do quadro de pessoal nas Unidades de Urgência/Emergência, 100% do quadro de pessoal nos blocos cirúrgicos e mínimo de 50% de servidores nos demais locais de trabalho nos hospitais administrados pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).

A decisão determina, ainda, que não haja invasão a hospitais e nem prática de atos abusivos. O descumprimento da decisão vai resultar no pagamento de uma multa diária de R$ 50 mil que deverá ser paga pelo sindicato.

De acordo com o TJMG, o Estado entrou com uma ação civil coletiva alegando que no dia 18 de maio foi comunicado da deliberação de paralisação dos serviços de assistência à saúde a partir do dia 4 de junho. Ainda de acordo com o autor da ação, a paralisação já ocorre desde o dia 14 de junho, com a realização de piquetes. O Estado argumenta que o “movimento paradista provoca prejuízos à adequada prestação dos serviços de saúde, principalmente porque apenas 30% do pessoal estaria trabalhando”.

O magistrado não entrou no mérito da ilegalidade da greve. Contudo, o desembargador Eduardo Andrade considerou que, diante das alegações apresentadas, existe o perigo de dano grave à comunidade, sendo certo que a manutenção do movimento grevista como vem acontecendo tem provocado prejuízos a grande parte da população que necessita dos serviços de saúde.

Recurso

O advogado do Sind-Saúde, Carlos Torezani, está aguardando a citação do sindicato para entrar com recurso. Segundo ele, os trabalhadores estão cumprindo uma escala mínima de 60% nos serviços de saúde, como manda a lei de greve. Ele afirma que qualquer decisão que ultrapasse esse percentual, mesmo para CTIs e UTIs, está sem amparo legal. O advogado reforçou que o esvaziamento de blocos cirúrgicos de Minas foi provocado pelas demissões feitas pela Fhemig.


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