Mais de 40 ônibus de linhas intermunicipais foram retirados de circulação durante uma operação do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais (DER/MG) na manhã desta segunda-feira em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A ação envolve 20 fiscais do órgão, cinco viaturas e dois mecânicos vistoriando cada ônibus que saem das regiões dos bairros Homero Gil, Taquaril e da região próxima ao atacadista Apoio Mineiro.
De acordo com o diretor de fiscalização do DER, João Afonso Baeta, a operação pretende atingir 40 linhas intermunicipais atendidas por 200 ônibus. Elas circulam em 800 horários e transportam 50 mil passageiros por dia. Até o momento, 48 veículos que apresentavam problemas foram apreendidos. Baeta explica que a região de Betim é uma das que recebe mais reclamações a respeito do transporte coletivo intermunicipal. “A região acumula nós últimos dois anos cerca de 2,2 mil reclamações. Só no primeiro semestre deste ano foram 420, 70% de atrasos e omissão de horário e 30% sobre o estado de conservação dos veículos. Esse é o painel da situação que nos levou a essa ação. Vamos fiscalizar todos os municípios da região metropolitana até o final do ano”, explica.
Ainda de acordo com o diretor de fiscalização, entre os municípios da Grande BH com maior número de reclamações estão Santa Luzia, Ribeirão das Neves e Contagem. Ainda será fiscalizada a saída de Belo Horizonte em direção a Sarzedo e Ibirité. Os veículos apreendidos durante a operação são autuados e levados para a Coordenadoria do DER em Belo Horizonte, onde passam por uma vistoria rigorosa. O órgão lista os itens que precisam ser corrigidos e é dado um prazo para que isso seja feito. Depois, há uma nova vistoria e, se as irregularidades foram resolvidas, os ônibus voltam às ruas.
Transporte irregular
O diretor também reforçou a importância de garantir a qualidade do transporte para reduzir a ação de perueiros. “Regiões onde existe alto nível de omissão e atraso são as que normalmente incentivam o fomento do transporte clandestino. Se o ônibus não passa, ou passa atrasado, sempre tem um perueiro na frente. É difícil combater o transporte irregular se o regular não oferecer qualidade”, reforça Baeta.
(Com informações de Gabriela Pacheco)