O motorista Leonardo Faria Hilário e as empresas proprietárias da carreta dirigida por ele foram condenadas a indenizar um empresário que teve o veículo destruído no grave acidente no Anel Rodoviário de Belo Horizonte, em 28 de janeiro de 2011. O carreteiro desceu o trecho do Bairro Betânia em alta velocidade, bateu em 16 veículos, matou cinco pessoas e deixou 12 feridas. Leonardo responde por homicídio com dolo eventual, pois, segundo a polícia, assumiu o risco de provocar a batida que resultou nas mortes.
A decisão é do juiz da 32ª Vara Cível de Belo Horizonte, Geraldo Carlos Campos, que fixou indenização de R$ 21.948,31 por danos materiais. Sobre o valor devem incidir juros e correção monetária. O empresário relatou no processo que seu carro foi atingido na traseira e arremessado contra a mureta de segurança da rodovia, o que ocasionou o capotagem do veículo. Após alguns dias do acidente, ele entrou em contato com a seguradora responsável, mas foi negada a cobertura dos estragos.
O empresário teve prejuízo de R$ 22.028,31 devido às despesas com a remoção do veículo, recuperação, guarda, desvalorização, além de transtornos devidos à impossibilidade de uso do automóvel. Por isso, o motorista pediu indenização por danos materiais no valor de R$ 24.949,36 e, no mínimo, R$ 5 mil por danos morais.
A tragédia de 2011 marcou o trecho do Bairro Betânia, onde 15 pessoas já morreram desde 2009. Ontem um caminhão-baú transportando 12 toneladas de produto tóxico perdeu os freios, bateu em nove veículos e só parou depois de atingir a mureta central, causando a morte do caminhoneiro Carlos Eduardo Salazar, de 27 anos.