A defesa do motorista Jadson Santos Alves, 26 anos, que provocou a tragédia com três mortes na Avenida Nossa Senhora do Carmo, no Bairro Sion, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, vai tentar nesta segunda-feira a revisão da fiança estabelecida pela Justiça para que ele aguarde julgamento em liberdadeNa última quinta-feira, o juiz sumariante do 1º Tribunal do Júri, Guilherme Queiroz Lacerda, concedeu o benefício da liberdade provisória ao motorista, mediante o pagamento de fiança no valor equivalente a 20 salários mínimos, que corresponde a R$ 12.440
“A família dele não tem condições de pagar esse valorEles são muito pobres e moram no interior da BahiaFaremos um pedido de reconsideração desta fiança”, diz o advogado Mhardoqueu Lima França, que representa o motoristaDe acordo com o defensor, Jadson, preso desde o dia 14 de junho, recebeu a notícia de que a Justiça foi favorável à sua soltura com frustração“Ele ficou feliz, mas ao mesmo tempo triste porque ele e a família realmente não têm como arcar com um valor tão alto”, conta.
O juiz determinou ainda a expedição de ofício ao Contran e ao Departamento de Trânsito do Estado da Bahia para que implementem imediatamente a medida interposta ao motorista de suspensão da habilitação para dirigir veículo automotorA tragédia que marcou a noite de 6 de junho na capital mineira ocorreu após uma sucessão de infrações cometidas por Jadson, que conduzia uma carreta carregada com bobinas de aço.
Preso em flagrante ainda no local do acidente, Jadson foi levado ao Centro de Remanejamento do Sistema PrisionalNo dia 14 do mesmo mês ele foi transferido para o Presídio Inspetor José Martinho Drummond, em Ribeirão das Neves, onde permanece detido conforme informação da Secretaria de Estado de Defesa Social
A carreta conduzida por Jadson desceu desgovernada a Avenida Nossa Senhora do Carmo, onde é proibido o tráfego de veículos pesadosO veículo arrastou 11 veículos de passeio, deixando um rastro de destruição na viaDuas pessoas morreram na hora e uma terceira vítima, levada em estado grave ao Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, não resistiu aos ferimentos e morreu no dia seguinte.
Laudos periciais indicaram que a carreta estava com velocidade superior a 100 km/h quando provocou a sequência de batidas na avenida, 50% acima do limite permitido.