O Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais (DER-MG) diagnosticou, por meio de uma pesquisa com passageiros, a situação do transporte para o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
A maioria das pessoas vai para o terminal de ônibus em viagens destinadas ao trabalho. Esses passageiros avaliaram positivamente as condições de operação do transporte pelos veículos do Conexão Aeroporto, coletivos, ônibus que saem da rodoviária e táxis. No entanto, apontaram os preços como um problema. A pesquisa também mostrou que o transporte clandestino está solto no terminal com grande incidência dos chamados “piolhos” , motoristas em situação ilegal que oferecem levar passageiros por um preço mais baixo.
Para ir ao aeroporto, 39,49% de passageiros que usam ônibus, 32,86% vão de carro particular e 15,75% preferem táxi. Para voltar do terminal ao destino 43,29% usam ônibus, 23,22% escolhem carro e 12,63% voltam de táxi.
A pesquisa levantou dados sobre tempo de viagem, tempo de espera, pontualidade, quantidade de horário, comportamento do motorista segurança e conforto dos veículos. A avaliação foi positiva em todos os itens, mas 44,17% das pessoas acharam o preço do Conexão Aeroporto (R$ 19,25) razoável. Sobre o transporte rodoviário, 45,76 % também acharam o valor (entre R$ 7 e R$9,04) razoável. O táxi é o grande vilão dos preços, 36,03% consideram os valores da corridas muito caros e 33,56% avaliaram como caro.
Segundo o DER-MG, o preço é um parâmetro a ser considerado pela administração pública. Conforme o departamento, uma avaliação periódica desse item poderia aumentar a atratividade do Conexão Aeroporto, minimizando a utilização do transporte alternativo ou não regulamentado.
“Piolhos”
A incidência dos piolhos no terminal é muito grande, segundo o DER-MG. Dos pesquisados, 24,89% disseram que já foram abordados por esses motoristas oportunistas. Para o departamento, o dado aponta para a reincidência do serviço clandestino e necessidade de ampliar ação inibidora, visando a segurança do usuário e a garantia do equilíbrio econômico-financeiro do transporte regulamentado. Das 413 pessoas que admitiram já ter usado esse transporte irregular, 26,21% disseram que o motivo foi o preço, sendo os "piolhos" mais baratos que os veículos regulares.