A defesa do motorista Jadson Santos Alves, 26 anos, que provocou a tragédia com três mortes na Avenida Nossa Senhora do Carmo, no Bairro Sion, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, entrou com um pedido, na tarde desta segunda-feira, de revisão da fiança estabelecida pela Justiça para que o condutor aguarde julgamento em liberdadeSegundo o advogado, Mhardoqueu Lima França, que representa Alves, o valor estipulado pelo juiz sumariante do 1º Tribunal do Júri, Guilherme Queiroz Lacerda, de 20 salário mínimos, que corresponde a R$ 12.440, é muito alto
“O Jadson não tem condições de pagar esse valorEle é pobre e a família também não tem condições de assumir essa dívida”, explica o defensorSegundo França, os parentes do caminhoneiro aguardam a decisão do recurso para tentar arrecadar os valores pedidos“Estão esperando apenas a decisão da diminuição da penaEles já estão se mobilizando para arrumar o dinheiro”, disse o defensor.
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A assessoria do Fórum Lafayete informou que o processo está nas mãos do Ministério PúblicoPor isso, não conseguem confirmar se foi feito o pedido de diminuição de fiança.
O juiz Guilherme Lacerda deferiu o pedido de liberdade, sob o pagamento de fiança, na última sexta-feiraO magistrado argumentou, na sua decisão, que o réu tem “ocupação lícita, residência fixa, além de ser primário, e que não irá representar perigo ou problema para o 'ordenamento social', mesmo porque está proibido expressamente de dirigir”O magistrado destacou ainda que “o motorista é mais um trabalhador que se envolveu em um grave acidente, não se tratando de um "criminoso contumaz e perigoso".
O acidente
A carreta conduzida por Jadson desceu desgovernada a Avenida Nossa Senhora do Carmo, onde é proibido o tráfego de veículos pesados em 6 de junho deste ano
Laudos periciais indicaram que a carreta estava com velocidade superior a 100 km/h quando provocou a sequência de batidas na avenida, 50% acima do limite permitido