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Estado de Minas

Justiça determina que estudante acusado de matar professor seja internado

O juiz Ronaldo Batista de Almeida, substituto da Vara de Execuções Criminais (VEC), acolheu o parecer do Ministério Público e expediu um mandado de internação para o estudante


postado em 20/07/2012 15:44 / atualizado em 20/07/2012 20:05

Amilton Loyola Caires, de 23 anos, deixou a cadeia na última quarta-feira(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A.Press)
Amilton Loyola Caires, de 23 anos, deixou a cadeia na última quarta-feira (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A.Press)

A Justiça determinou, na tarde desta sexta-feira, que o estudante Amilton Loyola Caires, de 23 anos, que matou o professor Kássio Vinícius Castro Gomes, de 39 anos, dentro do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, no Bairro de Lourdes, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, volte a ser internado em um centro psiquiátrico. O universitário será levado para o Hospital Psiquiátrico e Judiciário Jorge Vaz, em Barbacena, na Região Central do Estado, onde a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) conseguiu, na quarta-feira, uma vaga para ele cumprir a pena.

O juiz Ronaldo Batista de Almeida, substituto da Vara de Execuções Criminais (VEC), acolheu o parecer do Ministério Público, que pedia a imediata apresentação do jovem no centro de internação onde a Seds conseguiu a vaga. Um mandado de internação foi expedido e encaminhado para as autoridades. Ao determinar a retomada do cumprimento da medida de segurança de internação, o magistrado não atendeu ao pedido do advogado de defesa, que havia solicitado o seu cumprimento na Região Metropolitana de Belo Horizonte, por não haver centro de internação nesta região.

O advogado Bruno Mansur Baratz, que defende o estudante, afirmou que ainda não tinha sido informado sobre a decisão e que vai estudar na semana que vem a melhor medida a ser tomada. “Injustiça eu nunca aceitei e nunca vou aceitar que seja feito com um cliente meu. Vou verificar como foi feito essa decisão para depois ver como iremos recorrer”, disse o defensor.

O estudante, considerado esquizofrênico, foi solto no dia 9, pelo juiz titular da Vara de Execuções Criminais (VEC), Guilherme de Azevedo Passos. Ele não foi condenado por causa da doença e a Justiça aplicou uma medida de segurança, que prevê a internação em unidade psiquiátrica. Nessa quinta-feira, o Ministério Público solicitou a expedição de um mandado de prisão contra Amilton.

Angustiados com a soltura do estudante, a família do professor Kássio comemora a decisão. “Isso não representa a vida do meu irmão de volta, mas fico mais aliviada, principalmente em função da própria sociedade. Pois criaria um descredito nas pessoas se ele ficasse solto. Faz a gente deixar de acreditar nas instituições. Agora, podemos confiar no estado”, afirma a irmã da vítima, Sandra Angélica Castro Gomes.

A unidade onde o jovem será internado é a única no estado especializada em atender criminosos com problemas psiquiátricos. Ela tem capacidade para 160 presos e atualmente está lotada. No hospital, os pacientes são supervisionados por sete médicos, sete psicólogos, três psiquiatras e três peritos. Normalmente, os presos ficam em celas coletivas, mas, em casos específicos, são isolados.

O crime

O assassinato do professor ocorreu em 7 de dezembro de 2010. Pouco antes das 19h, Amilton entrou na faculdade e acertou Kássio com uma facada no peito. O estudante fugiu de moto depois do crime, mas acabou preso por militares do Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam) quando retornava para casa. Durante depoimento, na época das investigações, o estudante contou que saiu de casa armado com uma faca para “dar um susto no professor”.

O universitário foi condenado a três anos de internação em julho do ano passado. A decisão do juiz Glauco Eduardo Soares Fernandes veio depois que o laudo de sanidade mental do acusado que ele é esquizofrênico.


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