A Prefeitura de Montes Claros informou ontem que realizará dia 27 licitação – pelo sistema pregão presencial – para aquisição de gêneros alimentícios para a merenda escolar no município
O atraso da volta às aulas está relacionado com as denúncias de fraude na licitação para a terceirização da merenda na cidade, envolvendo a empresa Stillus Alimentação, investigada na “Operação Laranja com Pequi”, que foi deflagrada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Estadual (MPE), em 26 de junhoO grupo liderado pela empresa também é acusado de fraudes em licitações para fornecimento de alimentação para presídios estaduais, restaurantes universitários e outros órgãos públicos.
A secretária municipal de Educação, Mariélia de Souza, alega que o atraso no reinício das aulas é decorrente dos prazos que precisam ser cumpridos para a realização da nova concorrência, habilitação da empresa vencedora e entrega das mercadoriasEla disse ainda que ainda está tentando uma solução junto ao Ministério PúblicoA secretária explicou que o promotor da Vara da Infância e da Adolescência, José Aparecido Gomes Rodrigues, preocupado com a situação, ficou de ver até segunda-feira, junto aos outros promotores, que medida pode ser adotada para o reinício imediato das aulasTambém por causa do problema da merenda, no primeiro semestre letivo as aulas iriam até meados de julho, mas foram interrompidas em 30 de junho
A merenda distribuída nas 109 escolas municipais – 63 na área urbana e 46 na zona rural, assim como em 27 instituições conveniadas e parceiras da Municipalidade, era fornecida pela empresa Stillus, que, segundo as investigações da “Operação Laranja com Pequi”, foi favorecida na licitação realizada pela prefeitura em 2009O último contrato entre a prefeitura e a Stillus venceu no início do mês, não podendo ser renovadoO municipío teve que providenciar uma nova licitação para a compra dos alimentos
Estudo difícil
Ela explicou que houve atraso na montagem da nova licitação por causa das dificuldades encontradas para elaborar o estudo exigido pelo Ministério da EducaçãoA princípio, relatou, um primeiro levantamento indicou que a prefeitura deveria gastar em torno de R$ 9 milhões no segundo semestre, valor que caiu para R$ 6,2 milhões em um segundo estudoAinda conforme a secretaria de Educação, será feita a licitação para compra de gêneros alimentícios até o valor de R$ 2,9 milhões, o suficiente para o atendimento às escolas durante dois meses e meio
RAIO X DO PROBLEMA
37 mil
alunos só devem voltar às salas de aula em 20 de agosto
109
escolas municipais – 63 na área urbana e 46 na rural estão sem merenda
R$ 2,9 MI
é quanto a prefeitura pretende investir em gêneros alimentícios para dois meses e meio