O delegado Juarez Gomes, da 4ª Delegacia de Contagem, na Grande Belo Horizonte, começou a ouvir na manhã desta segunda-feira testemunhas de um inquérito que apura o crime racismo contra uma menina de 4 anos. Uma delas é a professora Denise Cristina Pereira Aragão, de 34, que no dia 10 presenciou a avó de uma aluno invadir o Centro de Educação Infantil Emília e aos gritos chamar a menina de “negra e preta horrorosa e feia”. A atitude da mulher teria sido motivada pela escolha de uma criança negra para dançar quadrilha com o neto.
Indignada com a atitude da dona e diretora da escola, que não tomou providências para defender a aluna e tentou abafar o caso, Denise Cristina pediu demissão. Além da professora, o delegado vai ouvir a diretora, Joana Reis Belvino e a mãe da criança, Fátima Viana Souza. A suspeita de ofender a menina, Maria Pereira da Silva, será ouvida na tarde de terça-feira.
Segundo relatos da mãe da criança, a festa junina aconteceu em 7 de julho. Como tradicionalmente acontece nas escolas, a filha dançou quadrilha com um colega de sala. No dia 10, a avó do menino, foi até a escola e ofendeu a menina. Muito abalada, a criança passou mal no outro dia, mas a mãe só ficou sabendo do caso quando a professora Denise Cristiana comunicou à família.