O risco para a população por causa dos protestos de caminhoneiros é grande, conforme informou o assessor de imprensa da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Minas Gerais, Adilson de Souza. Há hipertensos, hemofílicos, idosos e gestantes parados nas rodovias ligando desesperadamente para a polícia preocupados com os problemas para a saúde que a paralisação pode causar. O sindicato dos caminhoneiros pode ser responsabilizado pelos prejuízos à população. No entanto, o presidente do regional do Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), José Acácio Carneiro, afirma que não há orientação para fechamento de rodovias.
A PRF está recebendo mais de 100 ligações por minuto de pessoas que estão paradas dentro de veículos. Algumas pessoas relataram que estão há mais de 12 horas presos na BR-381 precisando de cuidados médicos especiais. Segundo José Acácio, o sindicato orientou os caminhoneiros a ficarem parados em casa, para compor o protesto por melhores condições de trabalho. Ele afirma que a decisão de fechar as estradas é dos próprios motoristas e não do MUBC.
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“O sindicato está aderindo ao movimento nacional. Estamos orientando para não fechar rodovias, porque sabemos do risco. Estou alertando a nossa polícia que desinterdite as estradas. Não aceitamos isso, o sindicato não quer isso. O fechamento está me deixando revoltado, não está valendo a pena”, desabafa o presidente do MUBC.
A categoria reivindica a regulamentação efetiva da profissão, critica a lei que possibilita a entrada de qualquer pessoa no mercado e a inexistência de acostamentos e pontos de apoio nas margens das estradas, que colocam em risco a vida dos usuários e impede a parada obrigatória do motorista a cada quatro horas de viagem. “Vou chamar o pessoal, porque não é assim que vamos chegar no objetivo”, diz José Acácio. O presidente afirma que não pode dar uma previsão para encerramento da paralisação, pois não tem controle da situação.