(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Estado terá de se explicar sobre vaga encontrada em manicômio para estudante

O aluno foi preso por matar um professor dentro do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, mas foi solto por falta de vaga em manicômio. Dois dias em liberdade, a Seds encontrou uma vaga para o jovem


postado em 27/07/2012 19:23 / atualizado em 27/07/2012 19:38

(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A.PRess)
(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A.PRess)
 

O advogado do estudante Amilton Loyola Caires, de 23 anos, que matou o professor Kássio Vinícius Castro Gomes, de 39 anos, dentro do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, no Bairro de Lourdes, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, entregou um ofício à Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) pedindo a explicação sobre a abertura de uma vaga em um Manicômio Judicial. O questionamento do defensor é por que o aluno ficou preso por aproximadamente dois anos em uma prisão comum, mesmo sendo considerado inimputável, à espera de uma vaga que não foi disponibilizada.

O juiz titular da Vara de Execuções Criminais, Guilherme de Azevedo Passos, determinou a soltura de Amilton no último dia 9 para ele fazer o tratamento ambulatorial até a abertura de uma vaga no Hospital Psiquiátrico e Judiciário Jorge Vaz, em Barbacena, na Região Central do Estado. O estudante deixou a cadeia em 18 de julho e no dia seguinte o Estado conseguiu disponibilizar a vaga.

No ofício enviado à Seds, o advogado Bruno Mansur Baratz pede que o superintendente de Gestão de Vagas, Panloneli de Souza Vidal esclareça quais as condições que propiciaram o aparecimento da vaga. “É uma vaga fantasma, surgiu do nada. Ele ficou um ano e quatro meses enxotado na cadeia, e quando ele sai fica um dia na rua e a vaga é encontrada. Ou eles tinham a vaga e não levaram Amilton para lá por maldade, ou soltaram alguém que não podia ser solta, ou eles estão colocando mais um no hospital, o que fica caracterizada a superlotação”, explica o advogado. A Seds informou que ainda não recebeu o ofício.

De acordo com a Seds, o estudante ainda não deu entrada no Hospital Psiquiátrico e Judiciário Jorge Vaz, em Barbacena, na Região Central do Estado.

O crime

O assassinato do professor ocorreu em 7 de dezembro de 2010. Pouco antes das 19h, Amilton entrou na faculdade e acertou Kássio com uma facada no peito. O estudante fugiu de moto depois do crime, mas acabou preso por militares do Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam) quando retornava para casa. Durante depoimento, na época das investigações, o estudante contou que saiu de casa armado com uma faca para “dar um susto no professor”.

O universitário foi condenado a três anos de internação em julho do ano passado. A decisão do juiz Glauco Eduardo Soares Fernandes veio depois que o laudo de sanidade mental do acusado que ele é esquizofrênico.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)