O advogado do estudante Amilton Loyola Caires, de 23 anos, que matou o professor Kássio Vinícius Castro Gomes, de 39 anos, dentro do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, no Bairro de Lourdes, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, entregou um ofício à Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) pedindo a explicação sobre a abertura de uma vaga em um Manicômio Judicial. O questionamento do defensor é por que o aluno ficou preso por aproximadamente dois anos em uma prisão comum, mesmo sendo considerado inimputável, à espera de uma vaga que não foi disponibilizada.
O juiz titular da Vara de Execuções Criminais, Guilherme de Azevedo Passos, determinou a soltura de Amilton no último dia 9 para ele fazer o tratamento ambulatorial até a abertura de uma vaga no Hospital Psiquiátrico e Judiciário Jorge Vaz, em Barbacena, na Região Central do Estado. O estudante deixou a cadeia em 18 de julho e no dia seguinte o Estado conseguiu disponibilizar a vaga.
De acordo com a Seds, o estudante ainda não deu entrada no Hospital Psiquiátrico e Judiciário Jorge Vaz, em Barbacena, na Região Central do Estado.
O crime
O assassinato do professor ocorreu em 7 de dezembro de 2010. Pouco antes das 19h, Amilton entrou na faculdade e acertou Kássio com uma facada no peito. O estudante fugiu de moto depois do crime, mas acabou preso por militares do Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam) quando retornava para casa. Durante depoimento, na época das investigações, o estudante contou que saiu de casa armado com uma faca para “dar um susto no professor”.
O universitário foi condenado a três anos de internação em julho do ano passado. A decisão do juiz Glauco Eduardo Soares Fernandes veio depois que o laudo de sanidade mental do acusado que ele é esquizofrênico.