Uma quadrilha especializada em saidinhas de banco e roubo a empresas foi presa em Belo HorizonteSegundo a Polícia Civil, o grupo era muito organizado, agia na região metropolitana e pode ter roubado entre R$ 400 e R$ 500 mil nos assaltosA investigação começou em fevereiro deste ano a partir de um roubo no Barro Preto, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, em que um suspeito foi presoUm segundo integrante foi preso em março e outros membros detidos em julhoCada investigado deu pistas de comparsas e a polícia conseguiu prender 11 pessoasQuatro criminosos continuam foragidos
Segundo a polícia, a quadrilha se dividia em quatro funções: o olheiro, responsável por escolher a vítima dentro do banco e repassar as informações, o tomador, que efetivamente assalta, o piloto da moto usada na fuga e o resgate, que dirige um veículo de escolta ao rouboA organização criminosa não tem líderes, mas os olheiros são os maiores articuladores dos roubos.
O grupo tinha um esquema de assalto especial, que despistava a polícia e dificultava a prisão de suspeitosO olheiro ficava dentro do banco com um celular – fazendo a comunicação por fone de ouvido – e passava características de alguma vítima que sacava grande quantidade de dinheiroO tomador roubava o dinheiro, mediante ameça com arma, e subia na garupa da motoPouco depois ele saltava da motocicleta e era resgatado pelo carro
O carro, usado no resgate, era adaptado com fundos falsos em bancos e no painelNesses compartimentos eram escondidas armas e dinheiro, dificultando o trabalho da políciaQuatro carros e quatro motos, usados nos crimes, foram apreendidos com a quadrilha, além de uma arma
A polícia vai continuar reforçando a necessidade de instalação de biombos e o cumprimento da lei que proíbe uso de celular em agências bancáriasDe acordo com a polícia, a ação de olheiros deve ser inibidaO último preso dessa quadrilha é Daniel Rocha Barros, 23 anos, conhecido como “Dany Boy”Ele foi reconhecido, no último sábado, por um policial que participava das investigaçõesO suspeito foi surpreendido no shopping tomando cerveja com o sogro
Apenas um dos 11 presos não tinha passagem pela polícia