O comandante do Regimento Alferes Tiradentes, tenente-coronel Mac Dowel Campos Silva, formado em educação física, disse ontem que a capacidade de atendimento foi aumentada em mais de 30% – antes eram atendidos 180 pacientes – como forma de reduzir a fila de espera, que hoje chega a mil pessoas com deficiências neuromotoras, autismo, síndrome de Down, paralisia cerebral, hidrocefalia e ainda com sequelas de acidente vascular cerebral e traumatismo craniano
A equoterapia no regimento teve início em 1997, quando o então comandante, coronel José Antônio Utsh, atendeu sugestão de sua mulher para usar cavalos da unidade de polícia no tratamento de crianças com paralisia cerebralO sucesso da iniciativa resultou em convênio com a Fhemig, a partir de 2005, e desde então foram realizadas 60 mil sessões, com pacientes de diferentes instituições públicas e privadas.
Equoterapia é um método terapêutico e educacional que usa o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento de pessoas com deficiências ou necessidades especiaisO entrave que levou à restrição do atendimento começou no ano passado, quando o Ministério Público determinou que somente concursados poderiam trabalhar no localHouve negociações para pagamento do corpo técnico do programa, mas as regras para a contratação inviabilizaram a continuidade do trabalho, que passou a contar com apenas dois profissionais de saúde.
O tratamento atende crianças, adolescentes e adultosOs interessados devem procurar a sede do Cercat, na Rua Platina, 580, no Prado, Oeste de Belo Horizonte, para inscrever o paciente, que será submetido a análise médicaOutra novidade que Mac Dowel anuncia para este semestre é o acompanhamento que os parentes dos portadores de deficiências passam a ter no campo psicológico e no treinamento para atuar de forma específica com eles, como forma de potencializar os efeitos do tratamento.