O professor da PUC Minas e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública Robson Sávio Reis Souza acredita que essa situação é marcada pela ausência de um órgão de controle externo que possa atuar de forma autônoma para julgar e punir os militaresSegundo ele, em diversos países há órgãos autônomos que controlam a atuação da polícia e têm capacidade para julgar e punir os desvios de conduta, coisa que não acontece no Brasil“Os governos não têm tido coragem de implementar órgãos independentes de investigação, o que favorece essa situação de crimes praticados por policiais militares”, acrescenta
O pesquisador do Núcleo de Estudos em Segurança Pública (Nesp) da Fundação João Pinheiro Marcus Vinícius Cruz, concorda que há falta de controle externo da polícia e também acredita que a burocracia nos processos de investigação contribui para a falta de controle“A burocracia é muito grande e acaba ajudando a não ter uma investigação interna de qualidade”, acrescenta.
O major Gilmar Luciano, assessor de imprensa da Polícia Militar, diz que a corporação não tolera nenhum tipo de desvio e age com transparência em todos os casos“Agimos exatamente da forma prevista em leiSomos rigorosos quando o assunto são os desvios de conduta”, afirma